terça-feira, agosto 30

O CORTE DE PALHA É UMA ATIVIDADE SECULAR DE SUSTENTABILIDADE DE VIDA PARA MUITOS CONTERRÂNEOS

Tenho aqui na caixa de comentários do meu blog um que achei interessante. 

Um trabalhador cabeça baixa que o nome dato ao operário que trabalha destalando ou enfiando palha, contando em cada molho 25 palmas de carnaúbas para outro chamado moleiro e tendo um conferente para apontar os milheiros cortados durante o dia.

Além disso tem o barreiro que transporta a palha para um local chamado estaleiro e o estendor botando a palha e o olho da carnaubeira para secar no escaldante sol, até chegar a hora do ajuntamento para a máquina bater e fazer a colheita do pó. 

Nos velhos tempos a cera é um produto de luxo dado o seu valor comercial.

Evoluímos do tempo do rachamento das palhas na trincha para as máquinas movidas a combustível em um caminhão.

Nisto este faço uma narrativa com propriedade de quem viveu tudo de bom as custas do trabalho do meu pai que tinha época que tinha 5 turmas trabalho neste extrativismo.

 Aqui no Vale cortava mais de 50% cento dos carnaubais arrendados. Existia outros grandes empreendedores .

Porem, Papai sem alarme algum era o mais afoito nos negócios; 

Em toda safra ele escolhia uma região para arrendamento , principalmente na costa litorânea de Areia Branca, região central e Mato Grande.

Todo me alongando muito pra chegar ao ponto final.

O comentário do dia vem de um neto de um dos encarregados de turma de meu pai, que sustentou sua familia anos após anos trabalhando com papai.

O comentário foi simples, vou falar com o patrão chefe de minha turma para comprar mais uma carninha de "poico". 

Foi assim que ele falou, temo pelo o aperreio  do rancheiro, pode passar vexame e  faltar a boia da gente na hora do rancho. 

Ai minha curiosidade acendeu uma luz vermelha, perguntei porquê você tá com essa preocupação. 

Ele assim disse. 

Primeiro papai me contava que seu Inácio, era um homem de barriga cheia, exigia muito do trabalhador, mais ninguém reclamava de fome e ele só gostava de carne de gado e tudo era franco.

Mais uma vez indaguei e lá o rancho é fraco, a boia é escassa? Não senhor respondeu.

É porque seu Luizim quando tava numa boa, com a prefeitura na mão ou perto de ganhar a 1ª vez, chegava mais os irmãos Nicolau e Marcos de surpresa, onde nós estava trabalhando. 

Mas, só visitava a gente na hora do rango.

Como nós sabemos que ele tá de baixo, deve se lembrar de nós e vir aqui fazer uma boquinha.

Ah, sim agora entendi: costume velho nunca se acaba!!!


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