domingo, março 18

Crispiniano não vê benefício na aliança entre PT e PSB



Posicionamento Membro do Partido dos Trabalhadores lembrou episódios da sucessção de 2008 e ratificou posição contrária a aliança
O ex-candidato a prefeito de Mossoró e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte, jornalista Crispiniano Neto, afirmou que a aliança entre o PT e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) nas eleições de 2008 não trouxe resultado positivo algum para os petistas.
 Ao ser entrevistado pela editoria de Política da GAZETA DO OESTE, o jornalista explicou que o PT foi usado pela deputada federal Sandra Rosado para se apropriar da marca do Governo Federal e principalmente da boa avaliação do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
  "Eu fui o maior defensor dessa aliança com o PSB. Eu sempre fui um defensor de alianças, desde muito antes. Então entramos.
O que inclusive os companheiros que defendem a aliança agora, os pontos que eles colocaram como condições "si ne qua non", todos eles foram observados na eleição anterior e não foram cumpridos.
Com exceção de um: Primeiro, o PT ter direito de lançar o vice. Sim, lançou Tércio Pereira, mas era muito mais para dizer, "ora, essa é a candidata de Lula". O candidato de Lula é até Lúcio Alcântara, que era do PSDB e se dizia candidato de Lula. Geraldo Alckmin arranjou um motorista em São Paulo, que era um sósia de Lula.
Teve gente no Ceará, contratando humoristas que imitam os políticos, pra no rádio pedir votos usando a voz de Lula. E a bandeira de ter um vice do PT era só com esse objetivo.
Eu não vi a defesa do governo Lula, a defesa dos projetos de Lula.
Eu não vi o discurso petista naquela campanha. Pois bem, aí, a outra condição era, "participação efetiva no comando da campanha". Agora estão pedindo. Mas, nós já pedimos isso. Não teve ninguém do PT no comando da campanha. Eu vinha da Fundação José Augusto, ia lá no comitê, entrava e saía, e eu costumo dizer assim, em tom de brincadeira, mas é muito sério: "ninguém me chamava nem pra empurrar carro".
 Eu com tanta experiência que tinha de empurrar carro velho, nas campanhas passadas do PT. Então, não participamos de nada na coordenação da campanha.
A coordenação da campanha era da deputada Sandra Rosado. O que teve de bom e o que teve de ruim na campanha de Larissa e Tércio, a deputada era quem mandava e desmandava. Aí, a outra: era o programa de governo. As propostas do PT dentro do programa de governo de Larissa.
Quando eu peguei o programa de governo de Larissa, era uma cópia do programa de governo do PT de 2000, com algumas pequenas diferenças.
Era um control C control V e, enfim, uma adaptações. O que era mais: condições pra eleger um vereador. Então, não elegemos um vereador", rememorou o jornalista Crispiniano Neto.
Crispiniano Neto ressalta as dificuldades na proporcionalEle afirmou categoricamente que o PSB não ofereceu qualquer condição para que o Partido dos Trabalhadores conquistasse um assento na Câmara Municipal de Mossoró. Crispiniano Neto revelou que, ao perceber que o então candidato Lahyre Rosado Neto não seria o campeão de votos, segundo ele, iniciou-se um processo autofágico visando demover apoios de postulantes tanto do PT quanto do próprio PSB ao Poder Legislativo.   
   "Não é do meu conhecimento que algum candidato a vereador do PT tenha tido alguma estrutura. Muito pelo contrário, o que se viu foi muita autofagia. Você, candidato da coligação, engolindo candidato da coligação. Até do PSB engolindo o do PSB. Porque vocês sabem que na hora final, na reta final, quando viram que Lairinho não ia ser o campeão de votos que se esperava, então partiram pra cima, pra eleger Lairinho, que quase perde a eleição. Então, você imagine como é que foi a disputa pelo voto. A última era a participação do PT no governo Larissa, se ela tivesse sido eleita. Eu acho que, se nós não tivemos participação na direção da campanha, quando elas estavam precisando de votos, imagine no governo", constatou
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Fonte: GASETA DO OESTE   

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