O adeus a Chico Anysio
Foto: O Globo
Artista é aplaudido, durante velório no Theatro Municipal. Suas cinzas serão jogadas no Projac e em Maranguape, Ceará, cidade onde ele nasceu
Natalia Castro, Melina Amaral e Natalia Boere, O Globo
Mais de 4.500 pessoas estiveram no velório do humorista Chico Anysio, no Theatro Municipal, apesar das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro neste sábado. O velório foi aberto ao público às 13h30m e fechado às 20h. Vários admiradores do humorista já aguardavam desde cedo a liberação da entrada, na calçada do teatro.
- Ficamos muitos emocionados com tantas demonstrações carinhosas. Quero agradecer, em nome também da minha família, a todos os fãs que estão enfrentando horas na fila para prestar a última homenagem ao meu pai - disse o ator Nizo Neto.
A família de Chico Anysio declarou que não está permitindo que fotografem o ator no caixão para manter na memória dos fãs a imagem dele sorrindo. A figura dele morto é forte e triste, e Chico é alegria, segundo eles.
De uma das sacadas, André Lucas, filho adotivo de Chico, também conversou com os fãs:
- É claro que a morte dele é uma imensa tristeza para todos nós. Mas essa é uma situação que já estava se arrastando há dois anos, ele precisava descansar.
(...)
Durante as horas reservadas para a família e os amigos se despedirem do humorista, o seu irmão mais velho, Elano Paula, leu um texto que escreveu há dez anos. Segundo ele, Chico gostou muito e pediu que fosse lido quando morresse. No final diz:
"Que Deus nos permita o direito de tê-lo guardado para sempre na memória dos que aqui estão e dos que estarão por vir. Ou, se não for possível, não deixemos que seu corpo leve com ele aquilo que há de ser preservado porque pertence à posteridade: o talento".
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