O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), avalia que o governo não teve outra saída a não ser defender a instalação da CPMI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro após a divulgação do vídeo que mostra o general Gonçalves Dias, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), circulando entre os invasores no Palácio do Planalto. 

“O vídeo serviu para que o governo parasse de cooptar parlamentares para que eles retirem a assinatura. O governo não está defendendo a instalação da CPMI. Ele se resignou, se resignou porque é um fato consumado. Acredito que está consolidada a CPMI. Será lida na quarta-feira e em seguida será instalada“, disse Marinho. 

A base governista do Congresso vinha se posicionando contra a instalação da comissão, por achar que ela pode causar desgaste ao governo e tirar o foco de pautas prioritárias. Após a divulgação do vídeo e a exoneração do general Gonçalves Dias do GSI, no entanto, a pressão aumentou e as lideranças passaram a defender a abertura da CPMI.

“No dia 25, nós é que queremos a leitura do requerimento de CPMI. Estamos com desejo de ter essa investigação. Se estão obstruindo a pauta por essa investigação, ouçam claramente: queremos a investigação. Queremos porque, no 8 de janeiro, tiveram três vítimas nesse país: a República, a democracia e o atual governo”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que haverá enfrentamento político contra a tentativa de “criar uma teoria conspiratória” dos bolsonaristas, que tentam atribuir ao governo a responsabilidade pelo 8 de janeiro.

Com informações da Veja