Abraços, sorrisos, placas com palavras de gentileza e demonstrações de afeto. Esse foi o cenário encontrado pelos alunos que chegavam no colégio Cei Romualdo Galvão na manhã desta quinta-feira (20), data em que algumas comunidades escolares aderiram ao movimento “Dia da paz nas escolas”. Combatendo o sentimento de insegurança que tem irradiado as redes sociais e chegado às instituições, o objetivo foi transmitir acolhimento junto aos pais, estudantes, professores e funcionários da Unidade. Mediante o estímulo da criatividade e trabalho integrado, a celebração contemplou discussões, apresentações musicais, recitação de poesia e outros momentos de integração.
Na visão de Renata Nishimura, coordenadora pedagógica da instituição, é função social das escolas relembrar e discutir a importância da paz. A adesão ao movimento em especial, esclarece, partiu da iniciativa nacional de algumas famílias nas redes sociais e chegou ao conhecimento da Unidade. “A partir disso, a escola abraçou a causa e quis transformar um dia que tinha tudo para ser ‘de medo’ em um dia especial para celebrar o que tem de bom na escola, a empatia e o cuidado com o outro. Lembrar o que a gente tem de importante e valioso aqui”, complementa.
Nas palavras da coordenadora, os impactos do trabalho já começam nos preparativos do evento e propagam-se na interação entre pais, colaboradores, funcionários e alunos do ensino infantil ao médio. Além da recepção calorosa com a distribuição de lembranças e abraços, o “Dia da Paz nas Escolas” no Cei Romualdo Galvão visou incentivar as múltiplas formas de demonstrar a gentileza, contemplou um intervalo com atrações temáticas, além de discussões em torno da paz e empatia durante o período de aula.
Para o pequeno Filipe Galvão, de 10 anos, participar do “Dia da paz nas escolas” foi motivo de alegria. Apesar da pouca idade, o aluno do 5º ano demonstra compreender a grandeza dos pequenos gestos e compartilha que um dos momentos mais marcantes de sua manhã foi receber um chocolate acompanhado de um ‘bom dia’ na entrada da escola . “Para mim, esse é um dia que a gente tem para relembrar tudo que a gente tem que fazer no dia a dia, como cumprimentar e respeitar a todos”, relata.
Uma perspectiva semelhante é partilhada pela estudante do 5º ano Luana Montenegro, de 10 anos, para quem a paz significa tratar o próximo como gostaríamos de ser tratados. Sob o olhar dela, a celebração da paz nas escolas também relembra a necessidade de demonstrar o respeito, propaga a felicidade e favorece bons momentos de risada. “Se a gente trata bem as pessoas, elas também vão tratar a gente bem”, defende a pequena com segurança.
Incentivo à saúde mental na escola
Se, por um lado, o movimento carrega um caráter social e educativo, por outro, também tem relação direta com o bem-estar mental da comunidade escolar e suas ramificações. Para Eveline Ribeiro, psicóloga escolar e educacional, momentos voltados ao exercício da gentileza e demonstrações de afeto fortalecem as estruturas relacionais aos aspectos da saúde mental. Isso porque, não raro, a pressa do cotidiano, aliada à força das interações cada vez mais virtuais, fragilizam atitudes simples como a expressão da admiração e carinho pelo próximo.
“Então reconhecer e expressar as emoções é um caminho importante de fortalecimento dos vínculos e isso faz com que o ambiente gere saúde mental no sentido de que a gente vai ter um ambiente mais claro em relação a como os sentimentos circulam nas relações e a como podemos expressar os nossos desejos, as nossas vontades e os nossos relacionamentos”, destaca a psicóloga.
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