‘Se eu desse mais espaço, o governo seria entregue ao PT’, diz Robinson
Ao comentar rompimento, governador diz que deu mais espaço ao PT do que o que foi pedido
Por Dinarte Assunção
O governador Robinson Faria (PSD) minimizou o rompimento do grupo da senadora Fátima Bezerra com seu governo. Nessa segunda-feira (19), os cargos indicados pela petista deixaram a administração após a crescente insatisfação de que vinham se queixando.
“Eles queriam indicar o secretário de Educação desde o começo. Fizeram votação interna e o grupo de Mineiro venceu. O meu governo já tinha dado espaços até mais do que o PT pediu. Eu não poderia dar mais, senão seria um governo entregue ao PT”, declarou Robinson em entrevista ao portalnoar.com.
O grupo da deputada Fátima Bezerra vem manifestando insatisfação com os eventos nos intramuros do Centro Administrativo. Primeiro houve indisposição sobre cargos na Ceasa. Depois veio o episódio da adjunta de Educação, Maria do Socorro Batista, indicada de Fátima e exonerada sem prévia comunicação à senadora. O episódio da CBTU foi o estopim.
Fontes próximas a senadora revelaram que a impressão que ela tem é de que não pode confiar em Robinson, já que o governador teria lhe prometido que Fátima não sofreria revés sobre seus indicados na CBTU, onde o deputado federal Fábio Faria conseguiu interferir.
Para pessoas próximas a Fátima, a postura do governo é de construir o descontentamento para que a senadora, que seria vista pelo grupo de Robinson como uma ameaça em 2018, se afaste do governador.
Indagado pela reportagem se os eventos atuais guardam semelhança com outubro de 2011, quando Robinson rompeu com Rosalba e assumiu um projeto político para 2014, o governador fez outra avaliação.
“Não vejo nenhuma semelhança. Tem que ter calma, cautela. A própria Fátima disse que não há rompimento com o governador. Ela foi clara em dizer que não estava rompendo com o governador. Isso diz muito mais respeito ao PT do que a mim”, comentou Robinson.
Apesar disso, conforme pessoas próximas a Fátima, a senadora tinha a certeza de que não seria candidata em 2018 ao Governo do Estado. Agora, tal sentimento não está mais consolidado. “Eles estão fazendo crescer nela esse sentimento de que deve disputar o governo em 2018”, observou uma das fontes consultadas pela reportagem.
Fonte: Portal no Ar.
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