A situação do Rio Grande do Norte nunca esteve tão crítica e, se não chover nos próximos meses, o governo terá de adotar medidas drásticas para garantir o abastecimento no interior, inclusive decretando racionamento de água no Vale do Açu, a região que concentra o maior potencial hídrico do Estado. Essa possibilidade foi levantada ontem pela coordenadora de gestão de recursos hídricos, da Secretaria estadual de Recursos Hídricos, Joana D’Arc de Medeiros, ao participar do Jornal da Cidade na 94 FM, juntamente com o meteorologista Gilmar Bristot e com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira. Joana lembrou que os principais reservatórios do RN estão com menos da metade da capacidade, entre eles, a Barragem Armando Ribeiro Armando, projetada para acumular 2,4 bilhões de metros cúbicos, mas que nível atual está abaixo dos 34%. “Para enfrentar o período seco no RN, sem que tenhamos cidades em colapso no abastecimento, é necessário que a população saiba que estamos no semiárido e que é preciso usar a água de forma eficiente. Ainda temos processos produtivos perdulários, as nossas empresas de distribuição de água são perdulárias, com muito desperdício.”
Na entrevista, o meteorologista Gilmar Bristot fez uma análise da situação atual, com base no prognóstico da quadra chuvosa que foi divulgado no final do mês passado, em Fortaleza, durante um fórum internacional de meteorologista. “As primeiras informações não são boas. Está se repetindo a situação parecida com 2013. O Pacífico está com águas neutras, mas o Atlântico não está de acordo com o que esperávamos. O Atlântico Sul vem mantendo águas relativamente abaixo do normal e o Norte, mesmo estando normal, não favorece as condições de chuvas plenas para o Nordeste.”
Para Gilmar, uma possível mudança do quadro atual vai depender do comportamento da temperatura da superfície dos oceanos. “A principio, a previsão é de inverno de normal a abaixo do normal, o que, para a condição hídrica do Rio Grande do Norte, não é uma previsão boa.”
Gilmar disse que uma previsão com maior grau de confiabilidade será traçada na reunião de meteorologistas que será realizada em Natal nos dias 19 e 20 de fevereiro. Por enquanto, “a previsão é de que as chuvas aconteçam de uma forma um pouquinho melhor do que em 2013. Mas não será suficiente para uma recuperação da carga hídrica do Estado.”
Joana D’Arc lembrou que para enfrentar a seca é preciso planejamento e uma política de Estado e não de governos. “Precisamos construir infraestrutura de grande porte, que impacte a disponibilidade hídrica do RN. Obras como Oiticica, as adutoras, são importantíssimas para o Estado. Precisamos ter uma infraestrutura bem acima da que temos hoje.”
Para José Vieira, na questão do enfrentamento da seca no Nordeste, “os governos estão trabalhando de forma muito sonolenta.”
Na entrevista, o meteorologista Gilmar Bristot fez uma análise da situação atual, com base no prognóstico da quadra chuvosa que foi divulgado no final do mês passado, em Fortaleza, durante um fórum internacional de meteorologista. “As primeiras informações não são boas. Está se repetindo a situação parecida com 2013. O Pacífico está com águas neutras, mas o Atlântico não está de acordo com o que esperávamos. O Atlântico Sul vem mantendo águas relativamente abaixo do normal e o Norte, mesmo estando normal, não favorece as condições de chuvas plenas para o Nordeste.”
Para Gilmar, uma possível mudança do quadro atual vai depender do comportamento da temperatura da superfície dos oceanos. “A principio, a previsão é de inverno de normal a abaixo do normal, o que, para a condição hídrica do Rio Grande do Norte, não é uma previsão boa.”
Gilmar disse que uma previsão com maior grau de confiabilidade será traçada na reunião de meteorologistas que será realizada em Natal nos dias 19 e 20 de fevereiro. Por enquanto, “a previsão é de que as chuvas aconteçam de uma forma um pouquinho melhor do que em 2013. Mas não será suficiente para uma recuperação da carga hídrica do Estado.”
Joana D’Arc lembrou que para enfrentar a seca é preciso planejamento e uma política de Estado e não de governos. “Precisamos construir infraestrutura de grande porte, que impacte a disponibilidade hídrica do RN. Obras como Oiticica, as adutoras, são importantíssimas para o Estado. Precisamos ter uma infraestrutura bem acima da que temos hoje.”
Para José Vieira, na questão do enfrentamento da seca no Nordeste, “os governos estão trabalhando de forma muito sonolenta.”
Fonte; Tribuna do Norte
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