“Trazer à tona candidatura Fátima Bezerra ao governo em 2018 é pura maldade”
Fátima Bezerra foi três vezes candidata a prefeita de Natal, mas jamais ocupou um cargo no Executivo
O presidente do PT no Rio Grande do Norte, Eraldo Paiva, disse que falar em candidatura do PT a governador em 2018 é “pura maldade” e “coisa de quem não tem o que fazer”, afirmou, em entrevista esta manhã. Segundo Eraldo, o PT é aliado do governador Robinson Faria (PSD) e irá governar ao lado do futuro chefe do executivo a partir de janeiro de 2015.
A possibilidade de Fátima disputar o mandato de governadora do Estado em 2018, quando estará na metade do mandato de senadora da República, é cogitada nos meios políticos e em setores da imprensa supostamente interessados em desgastar a aliança de Robinson com o PT.
“Esta é a primeira vez que eu estou ouvindo isso. Na verdade, eu não eu não li nada. Estou sabendo agora”, afirmou Eraldo, ao ser abordado sobre o tema. “Esse debate não existe. Quem trouxe à tona esse debate (sic) é fruto de muita maldade, fora de tempo. Tudo na vida tem um tempo. Isso é o tipo de debate que está fora do tempo, fora do ponto”.
Eraldo ressaltou a aliança do PT com o governador eleito, Robinson Faria. “Nós estamos construindo e queremos governar com Robinson Faria o Estado do Rio Grande do Norte. Nós fizemos uma aliança política. Está fora da pauta (candidatura do PT em 2018) e eu não vou nem comentar porque é de uma maldade e falta de ter o que fazer”, reforçou.
Em 2018, mantida a atual legislação sobre eleições, Robinson poderá disputar a reeleição. Neste caso, como participará do governo Robinson, o PT não lançaria candidato, mas o apoiaria. Por outro lado, é tradição no Rio Grande do Norte senadores eleitos disputarem o cargo de governador quando estão na metade do mandato de senador.
É sempre uma tentação política para quem vence uma eleição para o Senado disputar o cargo de governador. Isso acontece porque o mandato de um senador da República no Brasil é de oito anos. Portanto, na metade do mandato, há eleição para o governo e o senador em metade de mandato que disputa o governo não corre o risco de ficar sem mandato, em caso de derrota, como ocorrerá com Henrique Alves (PMDB), que perdeu a disputa para o governo para Robinson e ficará sem mandato porque o tempo do mandato do deputado federal é quatro anos.
Historicamente, disputaram e ganharam cargos de governador em pleno mandato de senador lideranças políticas e ex-governadores como Garibaldi Filho e José Agripino Maia. Inversamente, um senador em metade de mandato que tentou chegar ao governo e não conseguiu foi Fernando Bezerra.
Segundo Eraldo Paiva, no caso de Fátima, será diferente. Por ser aliada de Robinson, ela não disputará o mandato de governadora. Para o presidente do PT, mais importante que a questão eleitoral está o destino do Estado, que será mais alvissareiro se houver fortalecimento da aliança. “Hoje falar em candidatura de Fátima ao governo do Estado em 2018 é estar sem assunto. Eu não vou nem comentar, não procede”, disse.
Fonte: Jornal de Hoje
Adendo: A senadora eleita Fátima Bezerra sempre foi um fenômeno eleitoral nas disputas para deputado estadual, federal e recentemente para o senado da república. Performance que não possui para o executivo nas tentativas já realizadas; Seria Fátima Bezerra uma seguidora da síndrome que viveu Henrique Alves em sua vida pública?
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