Depois de prometer pôr em dia, Robinson silencia sobre pagamento de servidores
Futuro governador não fala “se”, “como” e “quando” pagará salários deixados por gestão Rosalba
Alex Viana
Repórter de Política
O governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), silenciou sobre se irá colocar em dia o pagamento dos salários do servidores públicos do Estado do Rio Grande do Norte. Procurado por O Jornal de Hoje para informar se, como e quando irá pôr os salários em dia, Robinson evitou responder, não atendendo às ligações telefônicas ou por meio de sua assessoria de imprensa.
Nesta semana, o secretário de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, anunciou, ao participar de uma reunião com a equipe de transição do governo, que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) irá deixar um rombo de R$ 150 milhões somente de salários atrasados do funcionalismo público estadual.
Na avaliação de fontes do futuro governo, trata-se de um valor incerto, que poderá até ser maior, e que só se saberá quando o governador eleito tomar posse e os secretários do Estado se debruçarem sobre os dados financeiros e orçamentários.
Em entrevista ao Jornal de Hoje, ainda no calor da vitória sobre Henrique Alves (PMDB) no dia 26 de outubro, no segundo turno das eleições para governador, Robinson anunciou que manteria o compromisso assumido durante a campanha de pagar em dia o salário dos servidores do Estado.
O atraso nos salários passou a fazer parte do cotidiano dos servidores na reta final do governo Rosalba. Alegando crescimento das despesas com pessoal da ordem de 60%, enquanto que as receitas do Estado só aumentaram 11%, o governo do Estado iniciou a cultura de pagar os salários maiores com 15 ou até 20 dias de atraso.
PROMESSA
No período eleitoral, colocar o salário em dia, e mantê-lo em dia, foi um compromisso assumido por Robinson. Entretanto, diante do déficit de quase R$ 1 bilhão no orçamento do ano que vem para despesas com pessoal, Robinson ainda não teria encontrado a fórmula para pôr o salário em dia, constituindo-se este fato como o maior desafio do próximo governo do Estado, desafiando a capacidade administrativa de Robinson.
Além do déficit de pesssoal, na casa de R$ 1 bilhão, Robinson herdará outras dívidas da gestão Rosalba, entre as quais, a do setor de saúde, de mais de R$ 50 milhões. O déficit previdenciário também é alto e alcança R$ 60 milhões por mês.
“Somente quando Robinson assumir o governo e os secretários iniciarem os trabalhos, é que se saberá o real tamanho do rombo nas contas do Estado”, afirmou uma fonte da equipe de transição, sob a condição de anonimato.
Fonte/JH
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