sábado, fevereiro 8

Professora Mária Cavalcante relata um pouco da sua história

 A publicação foi feita na sua página pessoal do Facebook a qual compartilho  na integra:

"UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA"


Boa tarde! Resolvi escrever esse texto, não para me justificar, muito menos para revidar, mas para fazer alguns esclarecimentos sobre a minha pessoa, principalmente aos que não me conhecem e por não me conhecerem é que estão se utilizando desse meio de comunicação para me agredir.

Sou professora, com graduação em "Letras e Artes" e especialista em psicopedagogia. No momento estou aposentada, após trinta anos de serviços prestados ao estado do RN. Faço questão de dizer o tempo trabalhado, pois todos sabem, que é assegurado à nossa categoria o exercício máximo da função de magistério por vinte e cinco anos. Portanto, trabalhei a mais, cinco anos. Sem contar, que por 24 anos, estive a frente do Complexo Educacional Luiza Cavalcante, e que por esta instituição dei meu suor, sangue e lágrimas. Tendo exercido várias funções, inclusive a de ASG. 


No entanto, esta mesma instituição, pioneira no ensino privado do nosso município, deu a esta mulher, não só o privilégio de alfabetizar seus filhos, como à várias gerações. Pessoas essas que me dão uma atenção e carinho especial, que por tantas e quantas vezes me chamam tia Mária. A maioria já formados, especialistas, mestres, inclusive doutores.

Mas, essa história não foi construída ganhando" dinheiro fácil" desculpe-me a expressão, inclusive me fere bastante. Não tenho nada contra a quem tem dinheiro, muito menos julgá-los de que forma ganharam. Por sinal, tenho vários colegas de profissão, ex alunos, que possuem casas, carros e outros bens materiais, e ao contrário de muitos, isso me deixa feliz, muito feliz, em saber que contribui com a sua formação.


Mais não é para estas pessoas que tenho que contar um pouco da minha história. É pra você... que eu conto:
Ganhei uma bolsa de estudo, na época o prefeito era o Sr. Valdemar Campielo (in memoriam) e fui estudar no ENSV, a noite ajudava minha vó nas aulas do MOBRAL, e o que ela me dava já servia p/ comprar o material escolar. Fui durante muitos anos Profª de aula de reforço, Profª do curso de datilografia, Profª substituta, vendi Avon, fui telefonista, e tantas outras atividades excutei, mas todas elas com muita responsabilidade. Já ocupei sim, o cargo de secretária municipal, mas a noite cumpria uma carga horária de 5 aulas, meus ex alunos e colegas professores comprovam isto.


Eu poderia citar por exemplo: quando lecionei na E. E. Pe. José de Anchieta, em Serra do Mel, e Luizinho ficava com as crianças, p/ que trabalhasse os dois expedientes. Para participar dos encontros pedagógicos, andávamos 10 km a pé e nunca faltei nenhum. Quando trabalhei na E. E. Calazans Pinheiro, chegava em casa quase meia, noite.


Em fim. São muitos os fatos que poderiam falar um pouco da educadora Mária Cavalcante. Mas a minha intenção foi apenas lembrar que as pessoas podem e devem almejar o melhor, fazer suas escolhas, defender suas ideias, mas nunca, necessariamente, fazer ou falar algo para difamar ou prejudicar o seu semelhante.

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