sexta-feira, fevereiro 24

ARTIGO - A CATEDRAL DOS LIVROS

 

Minha vida é andar por esse país, pra ver se um dia descanso feliz. Com esse objetivo arrumei minha malota que minha saudosa mãe Dona Engrácia apelidou de bisaca de doido.
Realmente, tinha muita aparência, porque a malota era um saco e o cadeado era um nó, só trazia a coragem e a cara viajando num pau de arara(Luiz Gonzaga).
A responsabilidade ditava a conduta modesta desse viajante solitário, mas amante dos livros e a memória dos povos através da escrita.
A notícia do decreto de falência da Livraria Cultura/SP, me entristeceu e consternou todos aqueles que tem amor aos livros. Como enfatizou Saramago - Prêmio Nobel da Literatura, ao se referir a Cultura como uma majestosa Livraria, deu-lhe o nome de a Catedral dos Livros.
As vezes que fui a São Paulo, a primeira visita de lazer a ser feita era ir a Livraria Cultura, com suas prateleiras e mesas vistosas a nos possibilitar uma visão magnífica dos autores e auroras e títulos de cada obra.
Lembro que a última visita que lhe fiz, com pouco dinheiro, isso não é novidade, consegui um exemplar "ESPUMAS FLUTUANTES" do grande poeta condoeiro Castro Alves, assim poetizava o seu canto.
" Oh! Bendito o que semeia livros, a mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro caindo na alma
É germe - que faz a palma,
E chuva que faz o mar! "
CHICO TORQUATO

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