domingo, maio 1

JOÃO TEIXEIRA FILHO UM PRIVILEGIADO DO DESTINO PREFEITO SEM CONCORRENTE ADVERSÁRIO EM SUA ELEIÇÃO

 


Solenidade de posse de João Teixeira Filho (Teixeirinha) e Francisco Roque de Sousa (Chico de Ernesto).

João Teixeira Filho um cidadão carnaubaense agropecuarista foi uma dessas pessoas que o destino lhe privilegiou politicamente em Carnaubais, tendo uma convivência harmoniosa e laços familiares com o patriarca líder-mor da comunidade de Arenosa alcunhado por Totonho Benevides, recebeu um presente dos mais cobiçados, quando teve seu nome escolhido para suceder Valdemar Campielo Maresco que havia exercido 5 anos de mandato por força da 1ª eleição constitucional de Carnaubais.

O que o deputado Olavo Lacerda Montenegro não conseguiu na primeira tentativa, foi possivel concretizar na segunda eleição constitucional em pleno vigor do regime militar que estava submetido a nação brasileira.

Fez uma pacificação com Dr, Edgar, tendo João Teixeira Filho lançado candidato único com o preedominio da familia Benevides respaldada por Edgar Borges Montenegro e Francisco Roque de Sousa vice prefeito como uma pessoa de literal confiança de Olavo Lacerda Montenegro.

Neste manifesto de união das partes rivais, meu pai Inacio Lacerda que tinha na 1ª legislatura do municipio eleito o primo José Pessoa de Melo (Zequinha) que popularmente conhecido como o vereador do cachimbo (hábito de pitar um fuminho de rolo), mais uma vez, dissidiu desta manobra politica e não deu apoio a chapa, sem adversário concorrendo a prefeitura.

Como havia rompido os laços com Valdemar Campielo na primeira eleição, estava dando apoio ao deputado areia-branquense Manoel Avelino conhecido como o "Picolino da Nordeste", devido um programa de rádio na emissora natalense.

Sempre com suas alternativas próprias Inácio Lacerda na condição de liderança comunitária, consultou o seu deputado em Natal, se havia condição de derrubar este acordão anti-popular, que estava sendo fechado por Edgar e Olavo.

Manoel Avelino era o líder do sistema de Dinarte Mariz na época na assembleia. 

Fez a seguinte indagação: Inácio tenho como reunir meus companheiros de bancada para interpor esta decisão. Mas, me responda uma coisa, eu conseguindo isto, o candidato substituto será você, um irmão ou filho?  

Se for irei topar a briga.

Papai tendo respondido que era uma homem de pouca escolaridade, não pretendia um cargo tão importante desta natureza, não tinha nenhum irmão preparado para indicar e o filho mais velho estava alistado para servir o exército que era minha pessoa.

Diante desta realidade o deputado Manoel Avelino, foi franco e taxativo com o seu amigo - quem me dá votos em Carnaubais é você, portanto  a briga pra mim torna-se desfavorável. 

Os eleitos vão continuar votando em Edgar e Olavo, portanto, me poupe desse desentendimento com meus colegas de parlamento.

Foi mais enfático, volte pra Carnaubais, abrace Teixeirinha e lhe renda apoio. 

Papai com seu perfil de homem rústico e de uma palavra só: respondeu - Dr. me desculpe, chegando lá vou fazer a campanha do voto banco ou nulo.

E assim fez, nesta época as secções de votação eram descentralizadas seus locais. 

Ele exercia uma influência acima do natural na comunidade do antigo Brejinho, reunindo eleitores da zona de Tabatinga e  Água Branca no grupo escolar, feito pelo Programa Aliança Para o Progresso, um convênio intercontinental, feito por Aluizio Alves com o governo dos Estados Unidos.

Aberta as urnas do contingente votante na localidade, 80% votou da forma que papai orientou seus eleitores. 

Quase que era preso após ás eleições. 

Seus adversários fizeram um movimento de denunciá-lo como subversivo ao Comando Geral de Investigação (CGI).  

Fato que não prosperou, devido Dr. Edgar, apesar de adversário com seu comportamento de cidadão pacifico e educadamente, desestimulou os denunciantes.

Todavia papai ficou com Teixeirinha tendo uma relação amistosa, sem problemas, de forma que Teixeirinha governou somente 3 anos com posse em 31 de janeiro de 1969, seu antecessor havia gozado um ano a mais. 

Teixeirinha contou com o apoio de papai para o seu candidato Juca Benevides e Ponciano Rodrigues  na eleição que Valdemar elegeu-se pela segunda vez.

Teixeirinha fez um mandato convencional, muito pacato, sem perseguição, gostava muito do esporte, fez algumas obras e era bastante festeiro.

Inauguração do Chafariz de Entroncamento.

Como o regime era de dureza militar, fez muitos churrascos e coquetéis para homenagear Tenente Cassimiro, um oficial do exército que tinha responsabilidade de supervisionar as contas públicas.

Outro ponto marcante do seu governo era o assessoramento que recebia de seu Massilon, um Secretário de de fino trato com as pessoas, a inteligência de Àlvaro Freire destacando em seus discursos e solenidades as suas virtudes e outros que se dispuseram ajudar em sua gestão.

Sim, uma coisa que não deve ficar desapercebida, era a forma gentil de dona Bia, uma 1ª dama que acolhia todos com boa receptividade em sua casa lá na Arenosa.

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