Foto: Everton Dantas
Os alunos da rede estadual de ensino estão sem aulas presenciais há um ano e cinco meses. Três semestres longe da escola.
Levantamento feito recentemente mostra que 58 por cento destes alunos no RN não tiveram acesso a qualquer conteúdo de forma remota, o que significa que pararam de estudar.
Enquanto isso, reina o caos na rede física das escolas. A imensa maioria delas não reúne condições para receber os alunos e garantir que não haverá transmissão do coronavírus que varre o mundo desde o início de 2020.
Das mais de 500 escolas da rede escola estadual, apenas 20 – é bom repetir: 20 – têm a liberação do Corpo de Bombeiros.
Há vídeos e fotos e sobram denúncias da situação caótica das escolas estaduais.
Somente o Blog do BG publicou, nos últimos meses, denúncias de problemas sérios em três escolas, que o governo do Estado correu em seguida para tentar reparar.
Até a merenda escolar virou problema e não está garantida para um eventual retorno às aulas presenciais.
E em meio a esse caos, o governo do Estado anuncia que vai investir 400 milhões de reais na criação de 12 unidades de um tal Instituto Educacional Profissional do Rio Grande do Norte, ou IERNs.
O próprio Governo já se encarregou de alardear que serão feitos investimentos em equipamentos e reformas para colocar essas unidades em funcionamento.
Detalhe importante: os IERNs serão criados a partir da reformulação dos Centros de Educação Profissional instalados a partir de 2017 com recursos do Programa Brasil Profissionalizado, do Ministério da Educação, ou seja, recursos federais.
Mas uma pergunta precisa ser feita: se não há dinheiro para recuperar as escolas e garantir a volta dos estudantes às aulas presenciais, como é que existe verba para criar institutos de educação profissional?
Das duas uma: ou o Governo do Estado, faltando um ano e meio para o fim da atual gestão, resolveu brincar de fazer educação ou está subestimando a inteligência do povo do Rio Grande do Norte.
Sobra Governo da Professora e falta Governo para aluno.
BG
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