Poeta J Sousa
Um vizinho me falou
Um dinheiro emprestado
Dei o dinheiro ao danado
E ele nunca me pagou
Pra não ver minha feição
De rua ele mudouE eu disse a meu irmão
Quem faz de cachorro gente
Que se chama Zé VicenteQuem faz de cachorro gente
Fica com o rabo na mão
Eu achei ela no barro
Uma vez um caminhoneiroPerdeu a chave do carro
Dentro dum grande barreiro
Dentro dum grande barreiro
Ele deu-me um tostão
Lhe entreguei bem ligeiroCom toda satisfação
E me expulsou do ambiente
E me expulsou do ambiente
Quem faz de cachorro gente
Fica com o rabo na mão
Certa vez uma donzela
Foi pega por um tarado
Eu cheguei ali vexado
E do mesmo livrei ela
Quando eu precisei dela
Ela não me serviu não
Me deu foi um empurrão
E disse sai penitente
Quem faz de cachorro gente
Fica com o rabo na mão
Um vendedor comerciante
Estava sendo assaltado Eu chamei logo um soldado
Me viu caído no chão
Pra prender o assaltante O vendedor arrogante
Em outra situação
E foi embora urgente
E foi embora urgente
Quem faz de cachorro gente Fica com o rabo na mão
Um menino se perdeu E o pai ficou doidinho Depois achei o bichinho E entreguei ao pai seu O pai não me agradeceu Por esta minha ação Nem pegou na minha mão E se sumiu da minha frente Quem faz de cachorro gente Fica com o rabo na mão
Certa vez uma velhinha
Caiu no meio da rua
E levantei a coitadinhaEla saiu caladinha
Sem me dar nem atenção
Não demostrou gratidão
Nenhum pouquinho somente
Nenhum pouquinho somente
Quem faz de cachorro gente
Fica com o rabo na mão
Um velhinho se afundou
No cacimbão de Seu Dida
No cacimbão de Seu Dida
Eu joguei um salva-vida
E ele o agarrou
Depois que ele se salvou
Da queda no cacimbão
Me tratou com ingratidão
Me tratou com ingratidão
Daquele dia pra frente
Quem faz de cachorro gente
Fica com o rabo na mão
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