Por Robson Pires
O clima não é dos melhores entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Depois de ter afirmado, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que a nova direção da estatal tratava a política para o gás no Brasil com “negligência”, Silveira voltou a subir o tom contra Prates.
“Entre agradar Jean Paul e cumprir o compromisso do governo com a sociedade brasileira de gerar emprego, oportunidade e (reduzir a) desigualdade, eu prefiro que ele feche a cara e que nós possamos lograr êxito”, disse o ministro.
Para Silveira, a estratégia da Petrobras de reinjetar no subsolo mais de 40% do gás produzido em suas plataformas é prejudicial à economia do país. Por dificuldades de escoamento, muitas vezes o gás associado ao petróleo na exploração em alto-mar é reinserido nos poços.
“Não há que se falar em segurança alimentar e segurança energética sem nós aumentarmos a oferta do gás e, consequentemente, tornarmos o gás mais competitivo do ponto de vista do seu preço. Queremos discutir com seriedade, não só com a Petrobras mas também com as demais petroleiras”, prosseguiu Silveira.
“Sabemos que o gás vem sendo tratado como um subproduto da extração de petróleo e, portanto, entendo que é possível que esse gás chegue em maior quantidade e já de imediato em menor preço”, concluiu o ministro.
Gás e Petrobras
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