terça-feira, outubro 4

OBSERVATÓRIO

 

UM BREVE COMENTÁRIO

Passou-se o tempo que uma liderança exigia do eleitor voto casado e o divórcio desta união eleitoral era uma fração mínima, quando se apurava os votos.

Só pra recordar: Papai em 1962, elegeu-se vereador em Assu na eleição disputada entre Walter Leitão (golinha) e Maria Olímpia (Maroquinha) que os adversários lhe apelidaram de Onça.

Papai tinha um caderno de anotações dos seus eleitores. 

Tudo transcrito por seu compadre Zé Moço e eu fazendo a conferência dos nomes citados por papai.

Lembro como se fosse hoje. 

O velho Inácio, sendo mais jovem quando candidatou-se falou: Tenho 205 votos com cento e noventa aqui nas urnas de Santa Luzia, Brejinho e Arenosa. 

Dez votos na cidade de Açu e dizia o nome dos eleitores e 5 votos em Porto do Mangue.

Nesta época era uma chapinha manual que o candidato mandava tipograficamente imprimir para dá aos seus eleitores. 

Seu Manoel Cabral era o proprietário da única gráfica na cidade dos poetas.

Neste periodo, o boca de urna era a  guerra dos cabos eleitorais dos candidatos, trocando e rasgando chapa do eleitor.

Moral da história papai foi eleito com 197 votos casados com Walter Leitão. 

Ficou fácil dele descobrir os 8 votos que fugiram do seu controle.

Papai chegava ia dizia assim para o voto que desconfiava não ter sido correto com ele. 

O que aconteceu que seu voto não apareceu para mim? 

Neste tempo imperava a vergonha e a sinceridade.

 O eleitor não negava. 

Fulano de tal me pediu e como eu devia favor atendi. 

Trocou a sua chapa com Walter Leitão por uma de Maroquinha e o vereador do lado dela.

Vamos aos fatos este tempo de união conjugal, entre a liderança e o eleitor faz tempo que desapareceu.

Vou citar aqui alguns  exemplos.

Dinarte Diniz com a prefeita Marineide deram a deputado federal Benes Leocádio 1740 votos e para Ezequiel apenas 985 - Ambos foram os mais votados.

O deputado George que perdeu meu voto pelo fato de achar que somente Thiago Meira ou Júnior Liberalino era considerado como apoiadores, sem levar em conta o trabalho cotidiano de muitos anos feito por este redator da sua imagem e outras famílias que nada tem haver com suas bases de apoio.

Vejam o caso da seguinte maneira - os dois fizeram uma dobradinha com George Soares e Beto Rosado. 

Apurado as urnas o deputado neto de Edgar Montenegro, teve 945 votos e o filho de Betinho Rosado apenas 410 sufrágios. Das duas uma aconteceu, o investimento de Beto Rosado serviu para que o filho de Ronaldo se aproximasse mais do candidatos da prefeita. 

Caso contrário é aquilo que falei, votos de origem sem compromisso com os dois que o apoiaram!

Querem ver outro caso: Luizinho, o irmão Nicolau e Nenem de Sérgio apoiaram  para deputado estadual Ubaldo Fernandes - o galego que não se reelegeu teve 443 votos e Henrique que derramou dinheiro em "Banda de Lata", tendo um histórico de 11 mandatos, sendo o verdadeiro herdeiro politico do Aluizismo, teve somente 204 votos.

Tenho outras fragmentações a fazer, embora estas de hoje satisfaça o curioso leitor.

Moral da história entre as lideranças atuais ou emergentes a prefeitura sob o comando da familia Diniz - é temporalmente  a mais prestigiada e consolidada no imaginário do eleitor.

Vejam o caso de Rogerio Marinho que quase que casava seus votos com Benes Leocádio - uma pequena diferença de 82 votos do senador para o deputado federal.

Para governador Fátima Bezerra desmantelou a oposição que optou por Fábio Dantas e do protesto ingênuo do eleitor que votou em Styvenson um cara que tem o desplante de recomendar voto nulo ao eleitor para presidente e ainda aparece analfabeto politico para dá 1.141 votos a um brutamonte desta natureza.

 O certo é que juntando os dois, a candidata que ganhou sua reeleição pelo fracasso do seus adversários, abriu uma diferença de 1032 votos na frente das duas somas opositoras

Isto sem se falar nos votos das candidaturas vistas como nanicas.  Como não somo voto para quem não desejo, dei um voto na legenda do sistema bolsonarista em Clorisa Linhares, que ainda arrancou 157 votos de livre e espontânea vontade do eleitor.

Depois conto mais...

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