O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido), admitiu pela primeira vez que é pré-candidato ao Senado em 2022. Em entrevista concedida ao jornal Tribuna do Norte neste domingo (26), o ministro diz que a decisão é parte de um entendimento com o seu grupo político, que tem demonstrado apoio a iniciativa há algum tempo.
Ainda a Tribuna, Rogério diz que seu futuro partidário será definido em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro, que também ainda não possui legenda para disputar a reeleição. Aliás, sobre Bolsonaro, Rogério revela que ouviu o presidente antes de resolver impulsionar sua pré-candidatura. Confira estes trechos da entrevista abaixo.
Há alguns meses, sua candidatura ao Senado recebeu o apoio do presidente da Assembleia Legislativa do RN. Como está esse processo?
Quando eu fui convidado para ser ministro do Desenvolvimento Regional eu entendi que era a missão mais importante da minha vida. Ou seja, prover os meios e fazer as mudanças legislativas e marcos regulatórios para que o Nordeste, principalmente a região do Semiárido, tivesse, finalmente, segurança hídrica e as ferramentas para promover a sua efetiva emancipação com o enfrentamento de um histórico de desigualdades regionais. A questão política é uma consequência do trabalho que está sendo realizado. Eu tenho conversado muito com o presidente e ele me encorajou, me incentivou a ter uma participação no quadro político do Estado em 2022. E por isso, eu e meu grupo político, decidimos colocar o nosso nome como pré-candidato ao Senado por entendermos que há uma necessidade de se qualificar a representação do Estado. Ninguém pode ser candidato de si mesmo. Temos que representar o pensamento e propostas de um grupo expressivo da sociedade. Ao longo dos últimos meses, nós recebemos uma série de apoios e, por isso, amadurecemos a nossa decisão. Não apenas do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Ezequiel, que é nosso amigo desde o tempo de colégio, mas de vários outros deputados, prefeitos, vereadores e lideranças políticas de Natal, de Parnamirim, de Caicó e de dezenas de outras cidades.Do presidente da FEMURN, o “Babá”,empresários, estudantes, representantes dos setores agropecuário e pesqueiro,da indústria,do comércio, profissionais liberais. Esses apoios têm sido crescentes nos últimos meses. Entendemos que não podemos fugir dessa responsabilidade e vamos tentar construir essa pré-candidatura ao longo dos próximos meses.
Sua candidatura ao Senado é irreversível?
É uma pré-candidatura que tem que ser construída e só será confirmada como candidatura, de fato, em uma convenção. Ainda não temos sequer partido definido, mas nós temos projetos, ideias, a vontade de ajudar o nosso Estado, que tem muitas dificuldades no plano da geração de emprego, na infraestrutura, na sua logística, no atendimento da área saúde, de segurança pública. Achamos que podemos contribuir para o Estado. Nos colocamos à disposição da sociedade para debater o futuro do nosso Estado.
O senhor vai se filiar a qual partido? Já há uma chapa formada?
Há uma discussão que precisa ser travada com o presidente da República, que é o líder desse processo. Eu sou ministro de estado. O nosso posicionamento vai ser ouvindo o presidente, a quem eu ouvi para impulsionar minha pré-candidatura, que é fruto da manifestação dos agentes políticos e econômicos e sociais do meu estado, mas também pelo estímulo que recebi do presidente, com quem tenho toda a afinidade no projeto de mudança de País.
Fonte: Portal Grande Ponto
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