Agora sob a liderança do ex-senador Garibaldi Alves Filho e do deputado federal Walter Alves, que sucederam a Henrique Alves, partido passa por uma reformulação
Garibaldi Filho, ex-senador da República
Um dos partidos mais tradicionais da política potiguar, o MDB tenta reconstruir sua imagem. A legenda busca se recuperar do processo de desgaste iniciado dois anos atrás por uma de suas principais lideranças até então, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.
Preso na Operação Lava Jato por suspeita de envolvimento em corrupção, Henrique transformou o MDB em uma sigla pouco atraente para os eleitores e a própria classe política – que não queria sua imagem ligada a investigações de atos ilícitos.
Agora sob a liderança do ex-senador Garibaldi Alves Filho e do deputado federal Walter Alves, que sucederam a Henrique na presidência do diretório estadual, o MDB passa por uma reformulação. Dois anos depois após a prisão do ex-ministro, procedimentos internos têm sido modificados e as articulações políticas ganharam novo perfil.
O que era só desgaste se transformou em atrativo para políticos que estão insatisfeitos em outras legendas. Pelo menos dois deputados estaduais, segundo apurou o Agora RN, negociam sua filiação ao MDB. E os parlamentares têm sido claros: só aderem ao partido oficialmente com a condição de que Henrique se manterá afastado do comando.
O partido tem se organizado para a nova fase. Garibaldi Filho e Walter adotaram um novo estilo de comando, possibilitando decisões internas menos concentradas na figura do presidente estadual – como se via na época em que Henrique era o líder.
Preso preventivamente em 6 junho de 2017, Henrique deixou a Academia de Polícia Militar do Rio Grande do Norte – onde estava encarcerado – no dia 4 de maio de 2018. Ele foi liberado graças a um habeas corpus expedido pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que derrubou um mandado de prisão da Justiça Federal de Brasília no âmbito da Operação Sépsis.
Após sair da prisão em maio do ano passado, Henrique Alves ainda cumpriu dois meses de prisão domiciliar, em função de outro mandado – este expedido pelo juiz Eduardo Guimarães, da 14ª Vara da Justiça Federal em Natal, no âmbito da Operação Manus. O próprio magistrado, contudo, concedeu liberdade total ao ex-ministro no dia 13 de julho ao acatar pedido da defesa.
As operações Sépsis e Manus ainda estão com investigações em andamento. Não há sentença proferida em nenhum dos dois processos. O primeiro apura supostas irregularidades na Caixa Econômica Federal, enquanto que o segundo investiga supostos desvios de recursos públicos durante a construção da Arena das Dunas.
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