OPINIÃO
Tendo nascido num ambiente tipicamente rural, desde menino me adaptei aos costumes da vida simples dos homens e mulheres que fizeram do seu cotidiano de lutas um sustentáculo de sobrevivência com humildade.
Cultuei desde cedo o prazeroso hábito da leitura, iniciado pelos romanceiros cordelistas, ouvindo cantorias em pé de parede de grandes repentistas da região até me aprofundar em clássicos da literatura universal.
Os costumes e tradições campesinas, sempre foi por mim admirado, inclusive as danças de coco de roda, as lapinhas de cunho folclórico e religioso, assim como os grandes pastoris da época da minha infância.
Confesso que conheço muitos trapalhões históricos que fizeram fama no imaginário popular:
Cancão de Fogo, Roberto do Diabo, Pedro Malazarte e as famosas trapalhadas de BIL, faziam parte deste universo de celebridades, sem que nenhum se endeusassem por conta própria.
Todavia sempre gostei de circo por um motivo muito especial.
O palhaço no picadeiro superava todas as atrações da noitada, usavam nomes engraçados: Dengoso, Papatudo, Facilita, Xavequinho, Pegabola etc e tal.
Assim acontecia com o pastoril - o velho "Joca" mais do que a Diana e as Pastoras" sempre roubando a cena e tornando-se o centro das atenções para agradar a plateia e dali tirar proveito.
No cenário politico conheço muitos trapalhões, loroteiros, fanfarrões, espertalhões, oportunistas; usando o mesmo modus operandi, para aparecer como destaque, pedindo inclusive aplausos para si.
Decifra-me ou ti devoro.
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