Cheguei a uma idade que permite o direito antecipado de escolha em quem devo votar, independente de qualquer que seja a situação, tenho esse direito garantido por lei.
Compareço ás urnas por exercer hoje aristotelicamente o direito que se concede ao cidadão de ser um animal politico. Animal vivo, civilizado e bruto quando necessário.
Estou como Maomé: se não vem a montanha, procuro subir o monte e ver de cima o que está acontecendo nas planícies,
Não subo mais escada que não possa descer.
Como também minha obesidade, não me permite correr.
Nasci desassombrado, fui criado sem medo e tomo minhas precauções para preservar minha honra e dignidade.
É por isto que não fujo de desafios.
Sei ser obediente, paciente como Jó.
Porém, tenho rebeldia como cachorro tem na convivência com gato.
Pra mim o que vale é atenção e respeito.
Quem me trata bem recebe elogios maravilhosos.
Quem tenta me desmoralizar, pode ficar desmoralizado.
Não deixo carta sem resposta.
Luto com gente todas as naturezas, o que são bons e os que não prestam.
Conheço boi e vaca, já pertenci ao curral de cada um.
Sei qual boi pode puxar a carroça e a vaca que só dá o leite todo, depois que arrear o bezerro duas vezes.
Porém, nunca suportei ferrão, nem chibata no lombo.
E quando saí, foi pela porteira que entrei, nunca pulei cerca de ninguém!
Quem gosta de mim, faço até oração por ele.
Os que me desejarem mal, meu anjo da guarda intervém e ele receberá o merecido.
Um bom dia e vamos conversando daqui.
Eu continuo escutando o que vier de lá!
Estou mais vivido e não me sinto velho: apenas com o peso acima do limite.
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