terça-feira, maio 17

O JEITO É RECORDAR O POETA BOSCO LOPES

 

Nos anos setenta no tempo que morei na casa do estudante conheci em Natal e bebi muita cachaça no bar do Nunes o famoso Escondidinho de  seu Nunes, outras vezes no bar do Ivo,  no Sossego do velho Chico e no Amarelinho de Ademar - todos na rua Princesa Isabel.

Isto me faz lembrar que o poeta do poema processo em seu movimento cultural projeto zero hora, ao ver o quadro politico do Rio do Norte se perdendo nas margens do rio Potengi, fruto do oportunismo politico das lideranças da capital, fazendo o povo se rivalizar, numa campanha e no ano seguinte, estarem abraçados no mesmo palanque. 

Uma certa ocasiãon muito chutado de pote cheio de muitas meiotas que tomamos - este pegou o papel de uma carteira cigarros, deixou todos a granel e no lado em braco com saida do papel luminoso, Escreveu:

Rio Grande do Norte, Rio Grande Sem  Sorte, Rio Grande da Morte. No outro dia contei o fato ao ex-padre Zé Luiz Silva e numa conversa com Dr. Iaperi Araujo convenceram, o presidente da Fundação Jose  Augusto, Dr. Sanderson Negreiros transformar em Livro o que tinha rabiscado embriagadamente.

Riogrande

 

Rio grande da morte

Rio grande sem sorte

Rio grande sem forte

Rio Grande do Norte

Rio pequeno do Norte

Rio finito do corte

Rio seco de sorte

Rio Grande do Norte

Rio sem cais sem porto

Rio você já foi morto

Rio de leito torto

Rio chorando de fome

Rio triste sem nome

Rio cansado que some

Acredito ter sido este o último trabalho do magricelo Bosco Lopes, uma cabeça feita e bem arejada.

Comparando ao que vejo no Carnaubais de hoje - sinto que nossa terra é digna do título que Bosco Lopes deu as lideranças da capital.

A união de Pantaleão e Terta completa o ciclo de ironia e desprazer do eleitor que votou em Terta apanhando todo santo dia Pantaleão e ainda ficar na obrigação de dizer que era verdade.

Também não tiro a razão de nenhum, Pantaleão  (Luizinho), Terta (Dr. Thiago). 

A dupla é perfeita - um mente e o outro confirma!

Quem tá no meio do mar se afogando se agarra nos queixos de um tubarão, tentando escapar!

Agora o eleitor que brigou por eles, que vivam satisfeitos ou indignados com tamanha sem-vergonhice.

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