domingo, julho 26

ARTIGO - CELSO FURTADO - O CRIADOR DA SUDENE



Celso Monteiro Furtado, nascido no alto sertão da Paraíba na cidade de Pombal, no dia 26/07/1920, filho de Maurício Medeiros Furtado e Maria Alice Monteiro Furtado, se vivo fosse hoje celebraria o seu centenário. Foi economista e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX. Estudou no Liceu Paraibano e no Ginásio Pernambucano do Recife.
Muda-se para o Rio de Janeiro e ingressa na Faculdade Nacional de Direito, tendo concluído o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais.
Ingressou no curso de doutorado em economia da Universidade de Paris Sorbonne, concluindo com a tese sobre economia brasileira no período colonial. Celso Furtado, teve influência marcante na discussão intelectual sobre o Brasil. Seguramente em parte sobre a América Latina.
Sua influência deriva não só de sua obra, mas também de sua atividade profissional, de maneira como se portava. Era uma pessoa que transmitia muita seriedade, dignidade, e uma vontade de ouvir e de explicar aquilo que estava pensando.
Um pensamento que sempre reteve a capacidade de se renovar. E exatamente por isso que ele teve influência muito grande na sua própria geração, porque nos anos 50 já era uma pessoa razoavelmente conhecida no seu meio e ele estava nos seus 30 anos.
O economista teve uma participação ativa nessa reflexão. Quando Juscelino Kubitschek lhe pediu que trabalhasse no grupo de trabalho do desenvolvimento do Nordeste, que estava precisando de um sopro novo. Houve uma grande seca no segundo ano do governo JK, e ele fez um bom trabalho naquela ocasião, muito influenciado pelo conhecimento que tinha do Nordeste, foi um trabalho importante em termos de reflexão sobre problemas sociais e econômicos do nordeste nos anos 50, que foi a base de geração da SUDENE da qual ele foi seu primeiro Superintendente.
Acadêmico da Academia Brasileira de Letras em sua sucessão a Darci Ribeiro.
Frustrado o acadêmico morreu no dia 20/11/2004, sua grande paixão foi sempre o Brasil e por isso mesmo a decepção foi grande.
Um homem que pôs todas as suas esperanças na sua terra, viu aos poucos elas serem desfeitas.
CHICO TORQUATO


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