O Prefeito Gustavo Soares coleciona feitos importantes e movimenta o tabuleiro eleitoral de Assú (RN) de forma correta e estratégica. Ao vencer o processo no TRE no dia 15 de fevereiro, o gestor consolidou sua liderança política e fortaleceu sua base, desmontando a oposição ao ter recrutado os apoios da Vereadora Delkiza Cavalcante, do Vereador Waldson Bezerra e agora de Beatriz Rodrigues e seu pai, Odelmo Rodrigues.
Após perder em 2016 ao indicar Patrício Júnior à prefeitura para sua sucessão, perder em 2018 ao se candidatar a uma vaga de deputado estadual, perder em 2020 ao se lançar candidato a prefeito e perder em 2022 ao tentar ser vice-governador, Ivan Júnior trouxe para si desgastes desnecessários e deixou a oposição com um vácuo, sem um líder com êxito eleitoral, fortalecendo indiretamente a atual vice-prefeita Fabielle Bezerra, que com um posicionamento de imagem bem formulado, se vende como uma figura jovial capaz de ocupar esse espaço e se tornar competitiva.
Todavia, Fabielle enfrentará dificuldades. Gustavo cristalizou a imagem de bom gestor, todas as pesquisas de consumo interno detectam que sua gestão é aprovada por mais de 70% da população e que houve crescimento considerável dos nomes que estão postos para sua sucessão. Tem costurado alianças e mostra capacidade de articulação para chegar em 2024 com um time sólido e com presença valorosa em segmentos cruciais do eleitorado assuense.
O retrato do momento se a eleição fosse hoje é: Gustavo vem forte e reúne todas as condições para eleger seu sucessor, Fabielle seria a candidata natural da oposição, mas precisaria de menos likes e mais recall eleitoral. Já Ivan Júnior, teria que se reinventar e voltar a pautar o debate público se ainda quiser voltar a cena política, ou trabalhar o nome da sua esposa para arriscar a compor uma chapa oposicionista.
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