domingo, julho 12

ARTIGO - ODILON RIBEIRO COUTINHO EMPRESÁRIO, POLÍTICO E INTELECTUAL


ODILON RIBEIRO COUTINHO

Odilon Ribeiro Coutinho, nasceu no dia 12/07/1923, em Santa Rita/PB, filho de João Úrsulo Ribeiro Coutinho e Helena Pessoa Ribeiro Coutinho, no dia 07 próximo passado completou vinte anos de sua morte e se vivo fosse celebraria 97 anos de existência. Usineiro, empresário e advogado, estudou na faculdade de Direito do Recife/PE, durante o Estado Novo e tornou-se Presidente da União dos Estudantes de Pernambuco, sendo preso por cinco vezes em razão de suas atividades políticas.
Formou-se na Universidade Federal de Pernambuco e a seguir Diretor da Companhia Usina Ilha Bela no município de Ceará Mirim. Em 1962 foi eleito Deputado Federal para representar o Rio Grande do Norte, na legenda do PDC, e em 1964 o regime militar impôs o bipartidarismo.
Por força do Ato Institucional n.2, ingressou no MDB e por esta legenda foi derrotado a Senador.
Bem como disputou outras eleições, mas não obteve êxito.
De volta a João Pessoa/PB, foi membro fundador do PSDB e fez parte da Diretoria do Instituto Teotônio Vilela, sobressaiu-se nos meios intelectuais como Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, após a morte de Gilberto Freire e ingressou na Academia Paraibana de Letras.
Odilon Ribeiro Coutinho, no testemunho de Gilberto Freire, bateu-se com um vigor esplêndido.
E revelou, todo entregue a sua causa, um dos traços mais marcante de sua personalidade aliada ao desprendimento. Indicado pelos estudantes como candidato a Constituinte da Câmara Federal, abdicou da sua indicação em favor da candidatura de Gilberto Freire, por considerar o sociólogo pernambucano já conhecido, mais experiente e capacitado a desempenhar as funções de Constituinte e Deputado.
Sua ausência nos doí na Alma como Itabira continua a doer no poema de Carlos Drummond de Andrade.
Mas para atenuar o sentimento de nossa perda, nos resta o consolo de saber que a vida por ele vívida, com sua simplicidade e grandeza continua ressuscitando em nós, vencendo assim através dos sortilégios de nossa lembrança, a morte que o venceu.
CHICO TORQUATO


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