Arma-se em Brasília o primeiro escarcéu fruto da reforma ministerial que Dilma Rousseff foi levada a fazer para tentar deter o impeachment. Tendo perdido o comando de pastas como Saúde e Comunicações, o PT se equipa para manter no organograma dos seus ex-ministérios os filiados da estrela vermelha, devotos que entregam à tesouraria da legenda pedaços de seus contracheques.
O problema é que os novos ministros —Marcelo Castro (PMDB-PI) na Saúde, André Figueiredo (PDT-CE) nas Comunicações— atravessam o alambrado imaginando que receberam outro tipo de oferta. Porteira fechada: fariam do segundo e do terceiro escalões o que quisessem, com quem quisessem.
Esse tipo de falta de sintonia dá problema em qualquer partido. No PMDB e no PDT, cujos ministros não são unânimes nem sozinhos, costuma terminar em crise. “Considerando-se que Dilma encostou seu governo no balcão, deveria agir rapidamente para conter o apetites do PT”, aconselhou um cacique do PMDB. “Se demorar muito, fica mais caro.”
Josias de Sousa
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