Entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida, em Catanduva, em agosto (Foto: Estadão)
Programa para a compra de móveis e eletrodomésticos pelos mutuários do "Minha Casa" financiou só 15,6% do total prometido
Programa para a compra de móveis e eletrodomésticos pelos mutuários do "Minha Casa" financiou só 15,6% do total prometido
O governo descarta voltar com o programa Minha Casa Melhor, que dava empréstimos em condições especiais para a compra de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis para os beneficiários do Minha Casa Minha Vida. Desde o início do ano, as contratações estavam suspensas, mas a presidente Dilma Rousseff garantiu que seriam retomadas ainda em 2015, com o lançamento da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. A promessa não será cumprida. Faltam recursos no governo para bancar o Minha Casa Melhor, que é alvo de críticas da atual equipe econômica.
A morte prematura do programa – que durou um ano e meio – deixa o governo bem longe de cumprir a meta de liberar R$ 18,7 bilhões nessa linha de crédito especial, com juros de 5% ao ano, bem abaixo das taxas de mercado. A Caixa Econômica Federal informou que as famílias que pegaram o cartão do programa usaram R$ 2,92 bilhões, ou seja, 15,6% do valor total prometido pelo governo.
“Não há, neste momento, previsão de retomada de contratações do produto”, admitiu o banco, em nota ao ser procurado pela reportagem. O Estado apurou que não existe na Caixa estudo para “ressuscitar” o produto, rejeitado pela equipe técnica do banco. Antes mesmo do lançamento, a área de risco da Caixa produziu um relatório com o alerta que o Minha Casa Melhor representava perigo à saúde financeira do banco.
Portado por Noblat
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