terça-feira, fevereiro 5

FATOS & VERSÕES DO ANEDOTÁRIO POLITICO POTIGUAR

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Senador João Câmara       Ex-padre, Jornalista José Luiz da Silva
Hoje a reminiscência das minhas recordações, se voltam para o tempo em que estudando em Natal, morando na Casa do Estudante, desempregado, vivendo apenas das mesada mensal que papai me enviava para o custeio dos estudos e dos momentos de boemia  que gozava naquela jovial idade. 
Sempre gostei de ler, ocupava sempre o meu tempo durante o dia devorando as obras de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Josè Lins do Rego e avançando para os clássicos da literatura revolucionária: lendo Max, Lenin, Stalin, Trostki e outros que defendiam a causa proletária e o combate ao capítalismo. 
Estudava no Atheneu a noite. 
Todavia, meu grande universo de aprendizado foi nas conversas travadas em mesas de bares com companheiros da casa do estudante que tinham formação acadêmica e espirito libertário, sempre protestando contra a ditadura do regime, sem que com isto me tornasse um fanático para me contrapor frontalmente contra a realidade do poder da classe dominante. 
Eis que tendo amizade com o ex-padre Zé Luiz da Silva - vigário que conheci menino em Pendências. 
Fui ser  volutariamente um dos seus ajudantes na atividade jornalística, quando este implantou uma empresa de comunicação no alto da "Rodoviária Velha" no bairro da Ribeira -  chamada "Folk" 
Com o ex-padre aprendi muita coisa do exercício que desenvolvo hoje na escrita das informações que presto no meu blog.  
Trabalhei um certo tempo sendo bem remunerado no período da construção da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, fazendo serviço auxiliar de coleta de notícias para o Jornal: O Vale, destacando a importância da obra.
O padre Zé Luiz era uma figura humana, acima da média dos demais em matéria de escrever. 
Tinha artigos semanais no Diário de Natal e Jornal a República, me confiando a tarefa de fazer revisão dos seus textos, que para mim foi uma universidade de conhecimentos. 
Entre muitos causos contados pelo padre Zé Luiz, existe um que recordo sempre, ao qual serve de objeto para esta inspiração na tarde de hoje. Contava Zé Luiz que um cidadão chamado João Severiano da Câmara, depois de ser prefeito por mais de uma vez na cidade de Baixa-verde, deputado estadual e senador da república, tendo conquistado o direito de ter seu nome para batizar a atual cidade de João Câmara era um homem muito amado por seus aliados e muito odiado pelos adversários. 
João Camara tinha um estilo manso, sem atacar despropositadamente nenhum desafeto. 
Tinha portando adversários poderosos como: o Dr. João Maria Furtado, Abelardo Calafange e outros. Porém, o senador João Câmara na sua simplicidade de um sertanejo nascido em Taipu, recebia ataques ferozes e para rebater com simpático protesto, se orientava com seu motorista que era um homem da sua confiança. 
Certa vez um dos mais fortes cabos eleitorais de seus adversários, tendo rompido com o Dr. João Maria Furtado e Abelardo Calafange, mandou se oferecer para vir para o seu lado politico.
O senador quiz dispensar a oferta.
 Mas, resolveu perguntar ao motorista se teria futuro trazer aquele individuo que tantas vezes manchou a sua honra com acusações levianas, mentiras deslavadas, simplesmente para denegrir a sua imagem.
 O motorista não titubeou: disse agora o senhor vai ter do seu lado o homem certo. 
Porquê? indagou o senador!
É o senhor não tem coragem, nem pretende manchar sua biografia fazendo com eles o que fizeram com o senhor. 
O senhor não mente, não levanta falso, não diz uma palavra desconfortável contra nenhum. 
Daqui pra frente, quando precisar responder os insultos e malcriações de seus adversdários,na mesma moeda, o senhor já tem quem faça. 
Ouvido isto, o senador mandou o motorista ir para a fazenda, mandou matar um boi erado, convocou seu povo e recebeu o novo aliado com forró pesado, churrasco, bebidas e foguetões. 
Dito isto, fato e versão da politica dos anos 30 a 50, vejo que pouco mudou de lá pra cá. 
Em politica cada peça tem seu valor, o letrado para o trabalho maneiro, o analfabeto para o pesado, dá recado e outras necessidades que a politica exige. Na hora de votar o peso do voto é o mesmo.
O sujeito  bom serve pra ajudar a vencer e o ruim para não atrapalhar a vitória.

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