quinta-feira, setembro 1

PARABÉNS AO NOSSO EMANCIPADOR

 

Isto não é favor nem tão pouco privilégio se render homenagem a este saudoso varzeano. 
Porém, Olavo fazia uma briga afoita contra quem subvertia os valores ou causa que ele defendia.
A briga mais ferrenha da história da emancipação de Carnaubais foi travada entre Inácio Lacerda, tio de Olavo. E morreram bem e foram pra eternidade porque suas revoltas eram por pontos comuns em lados diferentes. 
Ambos amavam este torrão.
Olavo Lacerda Montenegro deu um exemplo de lealdade e fidelidade à Aluísio Alves que poucos na história do Rio Grande do Norte fez como Olavo fazia.
Teve de Aluísio Alves inesquecíveis exemplos de prestígios e por ele sofreu alguns desencantos imerecidos, nem por isto se afastou do seu líder: morreu e não lhe fez ingratidão.
Papai iniciou com Olavo um litígio discordante na eleição  que José Varela disputou contra Juscelin Vilar ao governo do Estado.
Tanto meu pai quanto Olavo tinham temperamentos e atitudes semelhantes e como bem se diz: dois bicudos não se beijam.
Todavia, a celeuma maior se iniciou em 1960 com Aluísio Alves, sendo fundador da Cruzada da Esperança deu ao seu sobrinho uma carta assinado em branco pra resolver tudo que precisasse fazer no Vale do Açu.
 Papai seguia Dinarte Mariz com o lema " O velho tinha razão" dando aval ao seu candidato Djalma Aranha Marinho.
A chapa esquentou a partir de 1962 com papai vereador do Açu, tendo rompido com Maroquinha o meu saudoso pai tendo apoiado Walter Leitão, passou a se entender amistosamente com Edgard Montenegro e passou a apoiar o deputado Manoel Avelino de Areia Branca .
Aí veio o desmembramento de Carnaubais, Olavo indicou seu irmão João Batista, papai fez um manifesto contando com o apoio de Pedro Borges de Andrade, Astério Tinoco, Verdi Cortez e Juca Benevides para discordar desta candidatura. E lutaram até que Edgard ameaçado de perder a simpatia desta bancada: aceitou entrar na luta com o nome do vereador Valdemar Campielo.
Faço como Pablo Neruda, conto isto porque ainda sem ser eleitor acompanhei todos estes acontecimentos. Confesso o que vi!
Porém com quase trinta anos de litígio entre os dois: Olavo deputado em 5 legislaturas. 
Inácio era somente vereador em Assú para manter um capricho.
Como tudo tem começo meio e fim, esta pendenga política e pessoal terminou em 1974.
Quando Olavo de forma humilde e respeitosa, foi à nossa casa na Timbaúba e abraçou papai dizendo seguinte: Inácio Manoel Montenegro Neto  (Manuca) vai segurar o bastão das minhas lutas.
Vim lhe pedir seu apoio.
Papai, não pensou duas vezes: antes você só dava atenção à João  Valentim, como hoje você me tem como tio ou amigo estamos na mesma trincheira.
Manuca se elegeu deputado e emendou conosco as divergências separadas no passado.
Moral da história não se pode servir a dois senhores, só não votarei em Roberta Lacerda se ela der uma declaração de que não precisa do meu.
Finalizo dizendo amanhã ao primo Manuca e ao deputado Girão, com isto não vou acender uma vela à Deus e outra ao Diabo.
Com  o destaque de seus nomes com minha recomendação o eleitor tem a liberdade de fazer sua escolha! 
O grande mérito de Olavo Lacerda Montenegro, foi nunca ter abandonado a trincheira do amigo Aluísio Alves.
Bem diferente de alguns que querem se aproveitar do seu nome, depois que pegou uma carona para chegar no percurso da sua história.

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