sábado, setembro 4

O PROFETA DO ABSURDO

 

Hoje a tarde tive o descontraído momento de dois dedos de prosa com meu compadre José Francisco de Mendonça, apelidado desde sua meninice por Zé da Burra. 
O filho do saudoso Chico Varela, tem uma irreverência natural, dotado de um extrovertimento de fazer rir a mais sisuda das criaturas.

Carrega em seus 62 anos de vida uma legendária profecia do absurdo, tudo pra ele é exagerado,  a partir do que pensa e imagina. 

Ele diz tanta besteira que o jeito é achar engraçado o que fala. 

Disse que pobre é como cachimbo, só serve pra levar fumo.

Era para ter apenas dois dentes na boca: um pra o sujeito saber o quanto é ruim uma dor de dente e o outro pra abrir garrafa. 

Politicamente diz que politico falando a verdade, não arranja voto, perde feio pra quem faz da mentira seu carro chefe. 

Quem perde eleição com a chave da prefeitura na mão é um abestalhado: ele chama o perdedor de cavalo de dois cus.

Encerrou dizendo que o eleitor gosta de quem engana, de quem quem promete e não faz - para ficar com o crédito de dá troco enganando também. 

Ele disse que tempo bom foi o da ditadura,  existia respeito pelo medo que o sujeito tinha de levar borrrachada da policia 

A democracia é boa pra quem gosta de falar mal dos outros. 

Todo Zé ninguém chama uma autoridade de ladrão ou de corrupto - vira uma anarquia.

Sinceramente, não posso dizer que ele esteja errado, tem muito nego afoito, porque nunca viu a porca torcendo o rabo! 

Eu que vivenciei esta época, sem molestar e sem ser molestado, danço de acordo com a música, o que a banda tocar sei acompanhar o passo!!!


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