sexta-feira, maio 25

Reeleição Pai e filho, Garibaldi e Walter Alves divergem sobre culpa da Petrobras


Enquanto um criticou durante a estatal, o outro lembrou que a responsabilidade pela situação atual veio lá de trás com decisões administrativas equivocadas que quebraram a empresa

As divergências amigáveis de duas gerações
Pai e filho, senador da República e deputado federal. Um defendeu a reforma da Previdência até por já ter sido ministro da pasta, enquanto o filho foi radicalmente contra.
Já indagado por essa diferença, o pai foi pai: “Ele já é grande suficiente para tomar suas próprias decisões, quem sabe um dia possa revê-las”, comentou o senador meses atrás ao Agora RN quando ainda ebulia no Congresso a possibilidade da votação da reforma.
O que iguala pai e filho neste momento é que ambos disputam a reeleição.
Só que esta semana, ouvidos pelo Agora RN, o pai Garibaldi Alves, senador, e o filho Walter Alves, deputado federal, voltaram a marcar suas diferenças ao comentarem os seguidos aumentos dos combustíveis.
Enquanto Walter fez coro com as ruas ao comentar “os constantes absurdos aumentos dos combustíveis promovidos pela Petrobras”, Garibaldi lembrava que “não podemos esquecer que a Petrobras quase chegou à bancarrota recentemente, vítima de desvios e de medidas administrativas equivocadas, como o congelamento de preços visando controlar a inflação”.
Embora no final do depoimento de cada um deles houvesse o mesmo apelo por uma saída que poupasse a população dos prejuízos decorrentes de tantos aumentos seguidos, o fato é que ficou bem claro a diferença de teor populista que costuma acometer os políticos em “estado de eleição”.
Com uma trajetória de décadas na vida pública em várias instâncias dela, de deputado estadual à presidente do Senado, passando pelas cadeiras de governador do RN e Ministro da Previdência, Garibaldi sabe que não existem soluções simples para problemas difíceis.
Mas, aos 38 anos, depois de cumprir a litúrgica passagem pela Assembleia Legislativa e agora na Câmara Federal, Walter Alves é grande o suficiente para saber que nem sempre racionalidade e memória são importantes quando as urnas estão assim tão perto.
Agora RN


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