terça-feira, janeiro 17

“Não queremos repetir o Carandiru”, diz governador do RN

Três dias depois do motim que terminou com 26 mortos, os presos ainda tomam conta do presídio

Presos rebelados Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte - 16/01/2017
Presos sobre o telhado do presídio de Alcaçuz (Avener Prado/Folhapress)
O governador Robinson Faria (PSD) afirmou que a polícia ainda não invadiu o presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, para evitar um novo “Carandiru”. No último sábado, os presos se rebelaram e deixaram 26 mortos. Três dias depois, os presos ainda dominam unidade. Em imagens, vários deles aparecem sobre o telhado do presídio.
No dia 2 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, depois de uma invasão da Polícia Militar. A confusão começou justamente depois de uma briga entre os presos – nada comparável, porém, à guerra entre facções que terminou com dezenas de mortos, vários decapitados, em Alcaçuz.
“O que podemos fazer. Entar lá e matar os presos?”, perguntou ele. “O Estado não pode recuar. Eles quebraram totalmente o pavilhão 5. Mas a situação está sob controle. A polícia conseguiu controlar. Estamos enfrentando essa crise com muita serenidade”, afirmou.
Para ele, o que aconteceu no presídio foi uma vingança pelo ocorrido no Amazonas, quando 56 presos ligados ao PCC foram mortos.
“Identificamos os seis líderes do motim em Alcaçuz e eles serão transferidos para presídios federais”. Segundo o governador,  a prioridade agora é evitar a fugas de presos.
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