segunda-feira, dezembro 28

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Meu velho amigo Aluizio Lacerda. Tive eu, o privilégio de ter convivido no Assu, com o sociólogo Gilberto Freire de Melo ou simplesmente, para nós do Vale do Açu, "Gilberto dos Correios". Isso, se não me engano, na década de sessenta. Conhecedor profundo dos costumes, das tradições do nosso tão decantado vale. Lembro-me dele, na minha adolescência quando ele, Gilberto, em 1964, juntamente com Horácio Cunha, Edson (do Banco do Brasil) e Joca Magalhães, nos bastidores incentivando a criação do Clube dos Onze (11), que Leonel Brizola, então deputado federal pelo Rio de Janeiro ou pelo Rio Grande do Sul, incentiva a criação daquele grupo em todo o Brasil, para dá sustentação ao governo do presidente João Goulart que desejava implantar no país, reformas de Base como a Reforma Agrária. Por sinal, quando criado o Clube dos Onze do Assu, Gilberto escreveu uma carta endereçada a Rádio Mairinque Veiga, da capital carioca, que dava apoio a Brizola e Jango. No final daquela carta, diz assim: "... estamos prontos. Só faltam as armas!" Foi um gesto de bravura. A Rádio Mairinque Veiga leu aquela carta que também fora publicada na popularíssima Revista Fatos e Fotos e, consequentemente, todos aqueles que fizeram parte daquele grupo, foram intimados a prestar depoimentos no Quartel General de Natal, ouvidos por um capitão ou general que tinha feito uma especialização em tortura, na Guatemala. Foi um deus nos acuda. Alzair Pessoa (filho de dona Glorinha) quase perde o emprego do Banco do Brasil, bem como Edson Queiroz que não perdeu o emprego porque, aquele capitão ou general do Exército que saiu de Natal com destino ao Assu, com documentação farta das ações de Edson naquele movimento, virou o Jeep a caminho do Assu e a documentação fora extraviada. Escapou Edson, por um milagre, de perder o emprego no Banco do Brasil. Por fim. Gilberto vai fazer falta, Era ele, portanto, uma enciclopédia. Deixo aqui registrado a minha admiração que tenho por ele, a sua memória. Os seus livros são 'joias' que deve ser reeditados. Será Gilberto, sempre lembrado por nós varzeanos. Que deus o tenha no lugar dos justos!
(Fernando Caldas)

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