O prefeito Chico Bertuleza do municipio de Afonso Bezerra foi veemente criticado por setores da midia modernizada por ter contratado os serviços de publicidade do pioneiro nesta modalidade de comunicação, uma atividade que desde o início da década de 70 recebia do carapebense José de Arimatéia Tavares, o popular Zé Miúdo uma prestação de serviço, através de amplificadores do tipo boca de ferro, megafone, etc e tal: como rotulava a opinião pública com o uso deste acessório do comunicador.
Zé Miúdo instalava seus equipamentos no alto do prédio em que morava, e com voz potente soprado sobre efeitos de cornetas, levava aos moradores do centro da cidade as informações, noticias, registros de aniversários, convites para missa de 7º dia, chamada para a sessão do cinema, outra atividade desenvolvida pelo o balzaqueano locutor.
Estivemos ontem na cidade flor do sertão e sentimos que a contratação dividiu a opinião dos seus moradores.
Os mais jovens que não viveram o ápice deste instrumento que servia como voz do municipio desaprovam.
Todavia a cidade imbuida de um sentimento saudosista, achou natural que Chico Bertuleza um gestor que viveu este período na sua infância, ouvindo diariamente os informes dado pelo seu neo-aliado, tenha prestigiado o conterrâneo Zé Miudo.
Este cidadão sempre tirou deste estilo de trabalho sua própria sobrevivência.
Moral da história, o sistema apesar de ultrapassado, ainda tem para informação de curta distância sua importante relevância no imaginário popular: assim como o rádio que não desapareceu do cenário, devido as modernizadas ferramentas do avanço tecnólógico.
A iniciativa de Bertuleza faz prevalecer um dos mais antigos processos de comunicação das cidades interioranas e nada impede legalmente que seja licitado a contratação destes serviços.
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