A presidente do PSB no Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, foi a Recife (PE) nesta segunda-feira 1º, onde participou de encontro do comando nacional da legenda, que discutiu suas posições com relação às manifestações que tomaram conta do país nas últimas semanas.
O presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, concorda com a realização do plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff para a reforma política, mas só que em outubro de 2014, simultaneamente à eleição, evitando que eventuais mudanças na legislação tenham efeito para pleito de 2014. E com a ressalva: as propostas que dependerem de plebiscito devem ter participação popular.
“Não podemos fazer um plebiscito sem ouvir a sociedade, o que ela quer que se pergunte, e nem atropelar a Constituição, que prevê que, um ano antes da eleição, não se mexe nas regras do jogo. É fundamental que o Congresso abra à participação popular”, afirmou, dizendo que as perguntas devem ser definidas somente depois de debate com o povo.
Em documento sobre o tema, aprovado ontem e que será divulgado nesta terça-feira 2, a sigla também propõe fim das coligações proporcionais, além da unificação do processo eleitoral e o fim da reeleição, estabelecendo um mandato de cinco anos, válido a partir de 2018. Para o PSB, mais do que uma reforma política é preciso realizar uma “reforma de Estado” que deve atingir também o Judiciário.
“Esse encontro é fundamental para unificarmos o discurso do partido e mais que isso: contribuirmos para o desenvolvimento político, econômico e social do nosso país. Por isso, convidarei os membros das executivas estadual e da capital para passar as informações que discutimos em Recife”, disse a ex-governadora Wilma.