Parte do PSB receia que Eduardo perca a hora
Josias de Souza
Eduardo Campos reuniu-se com deputados e senadores do PSB em Recife. A portas fechadas, fizeram uma análise da conjuntura e traçaram planos. Tudo o que foi acertado se encaixa num projeto presidencial. Mas o governador de Pernambuco mantém a camuflagem de aliado de Dilma Rousseff.
Decidiu-se que o PSB apresentará em breve um plano econômico. No Congresso, aproximará sua agenda da pauta que brotou do asfalto –saúde, educação, etc… Nos Estados, apressará a costura de chapas e a montagem dos palanques. Tudo isso sem desembarcar, por ora, da coligação pró-Dilma.
Ficou entendido que, em consonância com a vontade da maioria do partido, Eduardo Campos mantém a condição de candidato. Mas a manutenção da atitude dupla começa a inquietar um pedaço do PSB. Um dos participantes da reunião resumiu o drama numa conversa com o blog:
“Essa história de não parecer o que de fato é pode levar a um desperdício da hora. O governo da Dilma derrete. E o povo olha em volta à procura de alternativas. O Eduardo não foi enxergado. E a Marina Silva começa a assumir o papel de novidade. O partido pode pisar no acelerador. Mas o piloto tem que mostrar a cara.”
Completou: “As ruas zeraram o jogo de 2014. A Dilma joga para ela. Não age como alguém que pede ajuda. Deveríamos pensar partidariamente. Tudo bem, não precisa adiantar o relógio. Mas também não precisamos nos guiar pelo ponteiro dos outros.”
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