Collor paga jardineiro com dinheiro do Senado
Josias de Souza
Você não sabe, mas seu dinheiro está financiando os contracheques de três funcionários particulares de Fernando Collor (PTB-AL). O senador empurrou para dentro da folha do Senado o jardineiro de sua residência (R$ 2.200 mensais) e duas arquivistas (R$ 6.400 cada) arregimentadas para organizar o papelório que colecionou na sua curta e ruinosa passagem pela Presidência da República.
Deve-se a revelação ao repórter Andrei Meirelles. A tróica de servidores dá expediente na Casa da Dinda, em cujos jardins foi enterrada parte da dinheirama espúria de PC Farias, o coletor das arcas espúrias varejadas no Collorgate. O jardineiro trabalha na sede. As arquivistas, num ‘centro de memória’ instalado defronte.
Procurado, o gabinete de Collor manifestou-se por meio de nota. Alegou que os três servidores são “assistentes parlamentares”, desempenhando “atividades de apoio que lhes são determinadas”. O Senado informou que é de “responsabilidade de cada gabinete a definição das atividades desenvolvidas pelos seus servidores”. Então, tá! Ficamos assim. Lavrem-se as atas. E não se fala mais nisso.
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