Há tempo pra plantar, florir e colher, assim é a brisa do vento espalhando e juntando os cacos da vidraça quebrada por conta dos embates partidários.
Natal vive neste momento eleitoral um cenário peculiar de forças homogêneas que por conta da labuta politica tornaram-se heterogêneas, pondo uns contra os outros, brigando em campos opostos.
Todos conhecem a sintonia afetiva da familia Alves, quando se trata efetivamente de "Alves na luta pelo o poder".
Travou-se em Natal uma acirrada contenda, de um lado duas resistentes pilastras do Aluizismo: Henrique e Garibaldi, filho e sobrinho do icone principal da clã angicana, ambos abriram uma frente de combate contra Carlos Eduardo, filho de Agnelo Alves, um ferveroso Aluizista, irmão em todos sentidos do lider que veio do "Sertão do Cabugi".
A barreira colocada no caminho da coligação defendida por Carlos Eduardo e Vilma de Faria, fez do embate eleitoral no primeiro turno uma pista de obstáculo, impediu a chapa favorita de vencer no primeiro tempo do jogo, Henrique e Gari, mostraram que tem um grande poder de fogo.
Como o segundo tempo vem apresentando um diagnóstico mais favorável a Carlos Eduardo, tudo leva a crer que Hermano Morais candidato do PMDB de Henrique e Garibaldi, será eminentemente cristianizado, se antes tudo era dificil, toda a lenha era queimada a seu favor, agora ventos mais amenos sopram em direção ao segmento da familia mais próximo da vitória.
Tudo acontece a luz da dinâmica democrática, ninguém luta desesperadamente quando se visualiza uma derrota por antecipação, as pesquisas apontam êxito pra o filho de Agnelo e os primos, herdeiros de Aluizio, devem em nome da unidade familiar ensarilhar suas armas e deixar o combate seguir a banho maria, aceitando um prejuizo menor do que lutar até o fim, sem chances de revertimento do quadro atual.
Como em politica o feio é perder, Henrique e Garibaldi sentindo o pulsar que vem das veias, deve nestes dias que antecedem a eleição, fazer uma trégua solidária, hasteando uma bandeira de paz, fumar o cachimbo do entendimento e assim poder costurar um projeto de futuro, onde todos possam se sentir galhos e frutos da mesma árvore.
Carlos Eduardo será ungido nas urnas pela força do voto popular e Hermano Morais há de entender que foi longe demais, preferindo com tempo que virá, apagar as sequelas criadas no calor da campanha eleitoral, quem sabe, mais adiante, transformando-se num bom auxiliar do novo governo.
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