Ivonildo Rêgo também fala sobre a importância da expansão da área física do instituto para a economia digital do Estado
Ramylle Freitas
Diretor-geral do IMD/UFRN, Ivonildo Rêgo, na reunião da bancada federal potiguar ontem - Foto: José Aldenir / Agora RN
O Instituto Metrópole Digital (IMD), administrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é um dos pólos de tecnologia do Estado e dispõe de diversos cursos que abrangem desde o curso técnico em nível médio até o doutorado, sendo uma área com alta empregabilidade não só no RN, mas em todo o país. Entretanto, mesmo com a grande oferta de cursos no instituto e a alta quantidade de vagas no setor, o diretor geral do IMD, Ivonildo Rêgo, alega que a área de tecnologia possui uma carência de profissionais em atuação no RN.
“A gente tem carências grandes em certas áreas como a Inteligência Artificial (AI) e em outras. É uma dificuldade imensa. Ou seja, a empregabilidade é total nessa área. Mas está faltando gente, inclusive, no país todo”, afirma o diretor.
Segundo Ivonildo, existe um déficit de mais de 100 mil profissionais de tecnologia por ano no Brasil. Entre as áreas, o diretor dá ênfase ao campo da AI. “Falta em todas as áreas. Agora, a inteligência artificial é uma das que mais falta”, diz Ivonildo.
Atualmente, o instituto tem em média 3.500 alunos de todos os níveis de ensino. No Programa Talento Metrópole, que fornece curso técnico de nível médio para alunos com superdotação do ensino fundamental (7º, 8º e 9º ano) ou médio, existem seis cursos, sendo eles: Informática para Internet, Redes de Computadores, Programação de Jogos Digitais, Eletrônica, Automação Industrial e Internet das Coisas. A seleção é através de edital e tem duração de dois anos. A entidade também oferta o curso de bacharel em Tecnologia da Informação (TI), que oferece 300 vagas anualmente no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), três cursos de mestrado, um doutorado, duas especializações e uma residência também em TI.
Além disso, o IMD possui o Programa de Estudos Secundários, que se trata de uma certificação com 300 horas para quem está fazendo ou já fez alguma graduação. “É uma certificação em certos campos da TI. Quem é aluno da UFRN pode fazer direto. Para quem não é, a gente faz uma seleção todos os anos no meio do ano, onde o aluno tem uma matrícula na UFRN e possui dois anos para concluir”, explicou Ivonildo.
Expansão da área física do IMD
Nesta quinta-feira 16, aconteceu a reunião da bancada federal do RN, onde houveram debates sobre a legislação de recursos e a destinação de emendas parlamentares impositivas no orçamento da União para 2024.
O diretor-geral do IMD esteve presente no encontro e falou sobre o projeto de expansão da área física do instituto, na qual envolve R$ 76 milhões de reais. O projeto, de acordo com Ivonildo, é segmentado e, para a execução, o órgão abriu uma vaquinha com os membros da bancada para reunir recursos.
“Nós estamos fazendo uma vaquinha com todos os membros da bancada, se for de R$ 1 milhão eu consigo fazer o primeiro bloco desse complexo de seis blocos. Se for R$ 2 milhões, eu consigo fazer o segundo bloco. Estamos colocando para isso um compromisso de chegarmos a 150 empresas nos próximos quatro anos e cinco mil empregos, ou seja, aumentarmos 2.500 empregos”, esclareceu o diretor.
Ivonildo reitera sobre a importância da expansão da área física pois, dessa forma, surge a oportunidade de trazer grandes empresas de tecnologia para o campus universitário e para o IMD. “Não temos uma forma de crescer se não for por esse caminho. E esse é exatamente o papel do IMD: introduzir o Estado na economia digital”, declarou o diretor-geral. “Eu lembro que nos últimos quatro anos, nós saímos de 700 empregos para 2.500 e de 47 empresas para 106 empresas atualmente. Então esse é um investimento estratégico para o futuro do Estado” declarou.
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