sexta-feira, agosto 25

Na cúpula do Brics, Lula bateu palmas para Xi Jinping dançar

 


Quando surgiu, há quase duas décadas, o Brics se guiava pela lógica da cooperação econômica entre economias emergentes. O viés econômico foi potencializado em 2014, com a criação de um banco de desenvolvimento do bloco. A 15ª Cúpula do Brics, encerrada nesta quinta-feira em Joanesburgo, marca uma inflexão. O grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul engordou e ganhou contornos geopolíticos e ideológicos mais nítidos.

Ao voar para a capital sul-africana, no domingo, Lula imaginou que exerceria no encontro o protagonismo internacional que ambiciona desde que anunciou ao mundo, antes mesmo da posse, que o Brasil voltou ao cenário internacional. Teve que se contentar com o papel de coadjuvante do chinês Xi Jinping.

A principal novidade da cúpula foi a expansão do Brics de cinco para 11 membros. Foram admitidas no bloco duas economias em frangalhos (Argentina e Etiópia), uma teocracia (Irã) e três ditaduras árabes (Arábia Saudita, Emirados Árabes e Egito). No novo formato, moldado ao gosto de Pequim, o bloco ganha a aparência de plataforma de lançamento dos interesses da China na guerra anti-hegemônica que trava com os Estados Unidos. 

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