sexta-feira, junho 26

O BECO DO INSTITUTO



Tu não és da fama nem tão pouco da lama. Tu és o Beco mais famoso da cidade. E na fotografia de nossa realidade. Tu és o Beco de todos nós: Da Várzea ao Mendubim. Não tem nada de Beco de Pedro Amorim, pois tem seu destino traçado.
Tu és igual a rizada de Dilina, uma alegria contagiante, onde Chico Dias marca presença constante.
Tu, meu Beco, nunca vai ser uma rua, nem tão pouco uma avenida.
Você vai ser eternizado e vou mostrar porque: você sempre vai se lembrar de Lou, Chico Traíra e o poeta Mora, assim como o salgueiro eternizou a rua do Ouvidor. Pelo teu chão, passou a Boemia Assuense: A Vara, Zé Pretinho, Gale-Gale, Augusto de Lula, Mariano, Purueca, Zé de Deus, Detonho. Exolimar, Munduca, Texeira, Batista de Hermes, João Fonseca, Manuel Rodrigues, Walter, Capacidade, Xineiro, Manguinha e muitos outros varzeanos. Beco do Xerife Nozinho e Lulu. Também sois do Baralho e Calmaria sem Roberto de Carvalho. De Renato sentes saudades, menos das meninas bonitas que desfilam sem ordem do delegado.
Eu sei Paulo, chega de elogio.
Eu sou um retângulo parado, sem vértice e sem hipotenusa, onde Brancos e negros param sem distinção pelo meu corredor escuro.
Fui feliz ao som de Badaneco, Paraíba, Sassarimba, Francisquinho. Meu destino nunca será o fim.
Fui palco do humor certeiro de Inácio de João Pio. 
Testemunha das glosas de Sesiom e da presença de Anastácio, Doninha e Miguel da Lata quando eu era ainda Beco da Caridade.
E se o Assu é um pedaço do céu dentro do mundo, você é o vagabundo que dorme para acordar a cidade. E se não bastasse ainda tu és o Beco do Instituto Padre Ibiapina.
Aluizio Lacerda: O VALE DO AÇU E SEUS REPRESENTANTES NO PARLAMENTO ...
Paulo Montenegro 


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