domingo, junho 21

ARTIGO - HENRY SOBEL E O FURTO DAS GRAVATAS



A própria lógica de exposições revela o tumulto da alma de uma pessoa interessada por tantas dimensões de vida e do ser que não encontra sossego. Henry Isaac Sobel, foi um rabino americano que viveu por mais de 40 anos no Brasil.
Onde foi Presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista até outubro de 2007, quando se afastou formalmente, filho de judeus asquenazes que fugiram da perseguição nazista.
Henry nasceu em Lisboa, ainda pequeno chegou aos Estados Unidos. Lá viveu sua infância e juventude, onde também concluiu seus estudos rabínicos.
Em 1970, o rabino desembarca em São Paulo, para começar seu trabalho na Congregação Israelita, logo conquistou os meios de comunicação e sua história se mesclaria com a história do Brasil.
Foi quando contestou a versão oficial do Regime Militar pela morte de Vladimir Herzog e estreitou o diálogo com outras religiões, sua atuação provocou polêmica com setores conservadores.
Sabia conhecer o direito e a discordância, nunca fugiu ao debate, mais um estranho episódio mudaria o curso de sua vida, jornais e revistas apresentaram um homem irreconhecível, frágil e confuso, detido sob acusação de furto de gravatas em uma loja dos Estados Unidos.
A morte do rabino Henry Sobel lamentavelmente ocorreu no momento em que cresce no mundo a intolerância, o racismo e o antissemitismo que ele combatia com inteligência e palavras que desarmavam os intransigentes.

CHICO TORQUATO

Nenhum comentário:

Postar um comentário