Realidade e ficção
Logo após deixar o governo, em 2002, FHC fez uma viagem de férias com dona Ruth. Os dois apenas, sem seguranças ou assessores. Escolheram uma remota ilha dos mares gregos. Num restaurante, um grupo de turistas olhava insistentemente e cochichava. Um rapaz fortão do grupo se dirige ao casal, que temia alguma provocação. “Desculpe”, aproximou-se o rapaz, “o senhor trabalha na TV Globo, não?” E Fernando Henrique, com aquele sorriso mordaz: “Trabalhava, meu filho, trabalhava. Meu contrato terminou.” O voador agasalhou: “Ah, sim... Valeu, tchau.” FHC ainda ouviu o rapaz se gabar com a turma: “Num falei? Num falei? É ele mesmo!” O caso foi analisado pelo sociólogo FHC e pela antropóloga Ruth. Concluíram que, no Brasil, a força da TV é tão poderosa que realidade e ficção se misturam facilmente.
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