Ney: “Centrais sindicais querem tirar a revolta das costas de Dilma”

As manifestações que ocorrem nesta quinta-feira, em todo País, na chamada “greve geral”, são compostas por centrais sindicais e outros movimentos e “têm como objetivo notório respaldar o governo federal, evitando que a revolta caia nas costas da presidente Dilma e do PT, com prejuízos eleitorais irreversíveis em 2014″.
A análise é do jornalista, advogado e ex-deputado federal Ney Lopes de Souza (DEM), em entrevista ao Jornal de Hoje. “Com pauta conhecida, ainda persiste no protesto o vácuo da falta de liderança, que por tal motivo poderá perder força. Tais fatos dificultam a unificação das manifestações, diante do dilema de, por um lado, falar a voz das ruas e, ao mesmo tempo, reivindicar pautas como fim de leilões do petróleo, privatização de portos e aeroportos, cuja responsabilidade e autoria são do governo e do PT. A tendência serão conflitos internos”.
O protesto do dia nacional de lutas, ainda segundo Ney Lopes de Souza, distingue-se das manifestações anteriores, por dois motivos básicos. “Primeiro, a unificação com movimentos sociais (MST, MLB e MLST), estudantis e as centrais sindicais CUT, CTB, CSP-Conlutas, FS, UGT, CSB, NCST e CGTB. Segundo, foram definidas pautas de reivindicação”, explica. As centrais sindicais priorizaram transporte público e de qualidade; 10% do orçamento da União para a saúde pública; 10% do PIB para a educação pública, verbas públicas só para o setor público; contra o PL 4330, da “terceirização” que retira direitos dos trabalhadores brasileiros; fim do fator previdenciário; redução da jornada de trabalho para 40h sem redução de salários; reforma agrária; reforma Urbana e fim dos leilões de petróleo.
Já a chamada “revolta do busão” também fixou pauta pela primeira vez: a redução imediata das tarifas em toda grande Natal; fim da dupla função do motorista-cobrador; bilhetagem única (ônibus e alternativos); integração entre os ônibus da Grande Natal; passe-livre para estudantes e desempregados; criação do Fórum permanente sobre transporte público; ônibus 24h; renovação imediata de toda frota; retorno imediato de todas as linhas extintas; construção de corredores exclusivos para ônibus, bem como malha viária adequada para ciclistas (ciclovias) e por um transporte 100% público.
Fonte: Jornal de Hoje
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