segunda-feira, julho 1

Dilma fez bem evitando as vaias do Maracanã, para não atiçar fagulhas

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A PRIMEIRA VAIA NINGUÉM ESQUECE, MAS SEUS MINISTROS DIZEM QUE DILMA ESTÁ TRANQUILA...
Podia ser pior. No Egito, as ruas estão ainda mais impacientes do que no Brasil, e ontem milhões foram às ditas cujas, no Cairo, para exigir a saída do presidente Mohamed Morsi Issa al-Ayyat. A situação de Morsi é periclitante. Entre nós as coisas não se comparam com o que acontece no Egito. Para não atiçar fagulhas, fez bem a Presidente Dilma Rousseff de não ir ao Maracanã para a final da Copa das Confederações. Evitou, assim, converter-se, mais uma vez, no alvo de apupos desagradáveis por parte de uma torcida que certamente não tem pelo governo o mesmo carinho que demonstrou para com a seleção. Os ministros mais fiéis à Presidente, em particular aqueles que aspiram seguir caminhos políticos nos Estados, em 2014, asseguram que a Presidente está tranquila e não se vê afetada pelo despencar de sua popularidade nas últimas pesquisas de opinião. Os dados do Datafolha, divulgados no sábado, foram chocantes: mostraram que apenas 30% dos brasileiras qualificam hoje de boa ou ótima a gestão da Presidente Dilma, 27 pontos percentuais abaixo do registrado no levantamento da primeira semana de junho, antes, portanto, da eclosão da onde de protestos que, iniciada em São Paulo, se alastrou por todo o País. A Presidente tem uma etapa díficil pela frente, na rodada de encontros que estão (estavam, pelo menos, na semana passada) em sua agenda, desta vez com as lideranças da oposição e da juventude , para discutir as medidas com as quais pretende desaquecer a onda de insatisfação que tomou contas das ruas nas últimas semanas. O problema para o governo é que os resultados do Datafolha mostram claramente que a base de apoio do governo volta ao tradicional um terço da população, a parte que costumeiramente votava no PT no período pré-Lula. O partido chegou ao poder porque uma boa parte do centro inclinou-se para a pregação de um partido que se propunha diferente de todos os demais, em termos de ética e de atenção ao social. Isso já faz parte do passado. Leia o artigo do jornalista Pedro Luiz Rodrigues.

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