Garibaldi não insistirá no apoio de Rosalba ao PMDB
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, um dos principais líderes do PMDB, não vai insistir no apoio da governadora Rosalba Ciarlini ao deputado Hermano Morais, candidato do partido a prefeito de Natal nas eleições deste ano. Ao ser entrevistado ontem no Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, o ministro lembrou que já defendeu essa proposta em público, mas a governadora desconversou. "Você sabe muito bem quando há interesse para uma proposta e quando não há. Senti que não há, então não vou insistir", disse Garibaldi, que apoiou Rosalba nas eleições de 2010, quando ela enfrentou o então governador Iberê Ferreira de Souza e venceu no primeiro turno.
Aliado do PMDB no plano local, mas adversários na esfera federal, o Democratas, partido da governadora, já acenou em fazer aliança com o pré-candidato do PSDB, Rogério Marinho, apesar de o presidente do DEM, José Agripino, ter esclarecido que ainda não foi fechado acordo em torno de nomes. Como o DEM dificilmente lançará candidatura própria em Natal, o caminho seria apoio aos tucanos. Nas duas vezes em que apresentou candidatos em Natal - em 2000 com Sonali Rosado/Anita Maia e em 2004 com Ney Lopes de Souza/Sonali - o DEM participou como coadjuvante. Em 2000, Sonali teve 11% dos votos válidos; em 2004 o resultado foi ainda pior: 5,7%.
Garibaldi lembou que a candidatura de Hermano Morais é irreversível. "Não sei dos outros candidatos, mas como peemedebista que sou e pelas responsabilidades que tenho, posso dizer que não há a menor possibilidade de Hermano deixar de ser candidato. A não ser que não queira." Ele previu que Natal terá, pelo menos, seis candidatos a prefeito, reduzindo as possibilidades de aliança. Pela experiência de quem já disputou muitas eleições, Garibaldi considerou "compreensível" o que chamou de casamentos de ocasiões no pleito municipal deste ano.
Sobre o desgaste político do governo estadual no primeiro ano de administração, como atestam as pesquisas de opinião pública, o ministro disse que a governadora enfrenta uma situação semelhante à enfrentada por ele no primeiro ano de mandato, em 1995. "Eu dizia: meu Deus do Céu! Estou fazendo um esforço muito grande, mas o povo não está entendendo o que estou fazendo. Acho que Rosalba está fazendo um esforço grande" para colocar em prática os projetos de governo.
Garibaldi disse que é testemunha da luta da governadora neste sentido, indo a Brasília, tentendo viabilizar convênios e empréstimos para o Rio Grande do Norte. O ministro, que é senador licenciado, fez um parêntesis para lembrar que não basta apenas um pires na mão e apoio político para conseguir aprovar os projetos junto ao governo federal.
Segundo ele, tem de ter capacidade de endividamento se vai pedir financiamento. Caso contrário, precisa de contrapartida para conseguir os recursos. "E é preciso ter bons projetos. Tenho visto que a governadora tem levado bons projetos ao Banco Mundial, aos órgãos de financiamento nacional. Esta é a saída, tendo em vista que o Estado não tem fluxo de caixa. A arrecadação está comprometida, com o pagamento da folha de pessoal (está no limite) e custeio. O que sobra para investimento é muito pouco."
Fonte: Tribuna do Norte
Valter Campanato
Garibaldi: grande número de candidatos em Natal reduz possibilidade de alianças no primeiro turno
Garibaldi: grande número de candidatos em Natal reduz possibilidade de alianças no primeiro turno
Aliado do PMDB no plano local, mas adversários na esfera federal, o Democratas, partido da governadora, já acenou em fazer aliança com o pré-candidato do PSDB, Rogério Marinho, apesar de o presidente do DEM, José Agripino, ter esclarecido que ainda não foi fechado acordo em torno de nomes. Como o DEM dificilmente lançará candidatura própria em Natal, o caminho seria apoio aos tucanos. Nas duas vezes em que apresentou candidatos em Natal - em 2000 com Sonali Rosado/Anita Maia e em 2004 com Ney Lopes de Souza/Sonali - o DEM participou como coadjuvante. Em 2000, Sonali teve 11% dos votos válidos; em 2004 o resultado foi ainda pior: 5,7%.
Garibaldi lembou que a candidatura de Hermano Morais é irreversível. "Não sei dos outros candidatos, mas como peemedebista que sou e pelas responsabilidades que tenho, posso dizer que não há a menor possibilidade de Hermano deixar de ser candidato. A não ser que não queira." Ele previu que Natal terá, pelo menos, seis candidatos a prefeito, reduzindo as possibilidades de aliança. Pela experiência de quem já disputou muitas eleições, Garibaldi considerou "compreensível" o que chamou de casamentos de ocasiões no pleito municipal deste ano.
Sobre o desgaste político do governo estadual no primeiro ano de administração, como atestam as pesquisas de opinião pública, o ministro disse que a governadora enfrenta uma situação semelhante à enfrentada por ele no primeiro ano de mandato, em 1995. "Eu dizia: meu Deus do Céu! Estou fazendo um esforço muito grande, mas o povo não está entendendo o que estou fazendo. Acho que Rosalba está fazendo um esforço grande" para colocar em prática os projetos de governo.
Garibaldi disse que é testemunha da luta da governadora neste sentido, indo a Brasília, tentendo viabilizar convênios e empréstimos para o Rio Grande do Norte. O ministro, que é senador licenciado, fez um parêntesis para lembrar que não basta apenas um pires na mão e apoio político para conseguir aprovar os projetos junto ao governo federal.
Segundo ele, tem de ter capacidade de endividamento se vai pedir financiamento. Caso contrário, precisa de contrapartida para conseguir os recursos. "E é preciso ter bons projetos. Tenho visto que a governadora tem levado bons projetos ao Banco Mundial, aos órgãos de financiamento nacional. Esta é a saída, tendo em vista que o Estado não tem fluxo de caixa. A arrecadação está comprometida, com o pagamento da folha de pessoal (está no limite) e custeio. O que sobra para investimento é muito pouco."
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário