Transformada em repartição praticamente sem utilidade, o Ministério do Trabalho pode estar com os dias contados. Estudos sobre a mesa da equipe que assessora o presidente eleito Jair Bolsonaro recomendam, senão a extinção, ao menos a perda de status do ministério que virou antro de escândalos de corrupção. A tendência seria sua redução a Secretaria do Trabalho, subordinada ao ministério de Paulo Guedes
Parte do Supremo Tribunal Federal (STF) torcia o nariz, de quase asco, à eventual indicação de Sérgio Moro como ministro da corte em razão de um velho preconceito: ele é “apenas juiz de primeiro grau”. Mas esses mesmos ministros não se opõem à nomeação de Moro após uma temporada no Ministério da Justiça. Isso funcionaria como forma de “limpar” a biografia de Moro. Quanta bobagem. Até porque a maioria dos ministros do STF não tem experiência anterior na magistratura.
Críticos de Sérgio Moro no Ministério da Justiça mal escondem a militância e demonstram conveniente memória curta. Ele deu a primeira sentença de Lula, mas depois todos os demais tribunais do País, do TRF-4 ao STF, passando pelo STJ, confirmaram a condenação.
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) acredita que Sérgio Moro vai “alargar os avanços no combate à corrupção” no Ministério da Justiça: “Demonstra desprendimento e amplificará os efeitos da Lava Jato”.
…só no País que admitiu eleger um ladrão presidente a imprensa abre espaço generoso a quem ataca a nomeação de um juiz honrado, herói da luta contra a corrupção, para o cargo de ministro da Justiça.
A aceitação do convite de Bolsonaro, confirmada ontem, “pavimenta” seu eventual ingresso no STF, quando surgirem as primeiras vagas.
A próxima vaga no STF surgirá com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que atingirá os 75 anos em 1º de novembro de 2020.
(Fonte - Coluna de Claudio Humberto)
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