Assisti a entrevista do professor de ética e filosofia da Unicamp Roberto Romano - que indagado por Roberto D'ávila na Globo News, a respeito da convocação do Juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça, ouvimos a seguinte opinião.
Sérgio Moro tem todos os qualificativos jurídicos para a ocupação da pasta.
É um dos homens mais respeitáveis e ilibado do judiciário nacional, pulso forte e conhecimento a altura do cargo que irá exercer.
Porém, politicamente foi uma grande imprudência da sua parte, aceitar imediatamente o convite do presidente Bolsonaro.
O professor enfatizou alguns pontos que irão gerar desconforto: o primeiro surge do sistemático ataque com pecha de perseguidor das pessoas se sentindo vítimas, julgadas e prisioneiras, todas alegando parcialidade das sentenças e nomeando o ministro como Algoz.
O segundo complicador surge da origem do poder, que no regime republicano se constituiu altamente corruptor e corruptível.
Tendo o novo ministro que conviver ou negociar com muitos da conjuntura parlamentar ou congressual acostumado com a barganha do toma lá da cá, para disponibilizar meios de governabilidade ao Presidente que o convocou. Disse que como Juiz tinha independência e liberdade para tomar a decisão que achasse conveniente e justa, para combater a corrupção. Por taos atitudes ganhou prestigio julgando os envolvidos na lava-jato.
Fato que no Ministério seria diferente, pois a palavra final seria do chefe maior da nação e chegaria algum momento para que este divergisse do que pretendia fazer o superministro.
Todavia, tudo tem um preço, um risco a se enfrentar e Moro vai ter muitos desafios pela frente, assim concluiu.
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