segunda-feira, dezembro 25

ANIVERSARIANTE DO DIA


Nossos parabéns são dirigidos hoje para a bela cidade do Natal, relembrando os bons tempos vivenciados na terra de Câmara Cascudo conhecendo suas belas praias, curtindo uma vida saudável, iniciada com minha prestação de serviço militar no quartel do 3º Batalhão de Engenharia, jogando futebol pelo Monte Castelo, Portuguesa da 4 e uma vida estudantil no glorioso colégio do Atheneu, morando na Casa do Estudante, depois indo residir com meu Tio Mizael, tempo em que a juventude desabrochou em mim muitas alegrias e prazeres. Parabéns Natal pelo o universo de conhecimento e experiência que me proporcionou quando na assembleia legislativa fiz parte do quadro de asssistentes politicos do deputado Paulo Montenegro. Agradeço também o legado de aprendizagem do nosso tempo de trabalho na Fetarn. 
Muito obrigado Natal pela bonita panorâmica do seu rio Potengí, das noitadas de boemia no Mar Del Prata de seu Wanderely, do Bar Pé do Gavião do Nazareno, na Peixada São Luiz na Tavares de Lira, dos ovos alacok para curtir a ressaca na Tenda do Cigano. 
Das retretas sonoras da beira da praia nos bares Jangadeiro, Saravá, Castanhola e Postinho todos na praia do meio. 
Do caldo de cação e das pingas tomadas na barraca do velho Dezinho em Santos Reis, do Veleiro e Ninho do Cancão em Areia Preta, da ginga com tapioca da Redinha época em que a travessia era habitualmente feita por barcos que saiam do cais do porto da Ribeira. 
Do picado do Monteiro do Alecrim, do Pouso do Teteu da avenida 15, do bar de tenente Jessé em Nova Descoberta, do Cantinho da Gia, do Feijão  Verde em Lagoa Seca, das tertúlias dominicais da Assem. 
Quanta saudade tenho do batepapo na confeitaria Delicia na Ribeira do seu Olirio Português, escutando os mestres Verissimo de Melo e Newton Navarro trocando ideias de uma cultura que poucos conhecem, na mesma mesa ouvíamos Aldair Soares autor da composição gravada por João do Vale Carcará,  cantando Praeira do meus amores, uma a poesia simbolo de Otoniel Menezes. 
Sem esquecer das rigidas regras de seu Nazi no beco da lama, obrigando a freguesia a entrar na fila para tomar uma meladinha.
Foi neste universo de 11 anos vividos em Natal, que passei os melhores momento da minha vida. Todavia, a lembrança mais pitoresca acontecia em 17 de outubro, data do meu aniversário. 
Neste dia o governador Cortez Pereira também mudava de idade, era grande o foguetório no Palácio Potengi situado na Praça 7 de setembro. 
Do outro lado do quarteirão estava este escrevinhador com meia dúzia de amigos no Bar do Ivo ou no Escondidinho da rua Princesa Isabel, gastando a mesada enviada por papai para fazer a festa do meu nascimento. 
E ai os que não sabia o motivo de tanto foguetório perguntava o que será isto? imediatamente mostrava minha identidade mostrando a data, são festejos do meu aniversário, de repente os parabéns pra você ecoava das mesas vizinhas, sempre acompamnhaada de mais uma garrafa de aguradente: bons tempos que não voltam mais! 
Em Natal de tudo apendi um pouco, fiz deste tempo uma universidade quando inaugurei o Minhocão, o primeiro bar do Conjunto Jiqui. 
Neste universo abrangente de diversidades culturais, aprendi o suficiente para me sentir um homem satisfeito com a vida neste 67 anos de existência.

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