Tostão (O Tempo)
A tentativa do Palmeiras de impugnar o jogo contra o Inter, com a alegação de que a anulação do gol de Barcos, que o Palmeiras e todos sabem que foi ilegal, por não seguir as regras do futebol, retrata bem a contradição humana. Seria um bom assunto para grandes conhecedores da alma, como Freud, Dostoiévski, Machado de Assis e outros.
Gerson fazia a diferença
No momento do lance, ninguém viu nada, e todos viram tudo. Todos querem ser mais espertos que a esperteza. É evidente que foi, por causa da televisão, que o árbitro anulou o gol. Isso acontece há muito tempo, como a cabeçada de Zidane, na Copa de 2006. A única certeza, pela TV, é que o gol do Palmeiras foi com a mão. Por isso, deveria ter sido anulado.
Na lista da Fifa de 23 jogadores que vão disputar o título de melhor do ano e do mundo, o único brasileiro é Neymar. Faltaram também Thiago Silva e o goleiro Petr Cech.
Há vários jogadores no Brasileirão que são mais elogiados do que merecem. Um deles é Arouca. Pediram tanto sua convocação, que Mano passou a chamá-lo. Ele é apenas um bom jogador.
Como alguns times têm jogadores badalados, outros bons, da mesma equipe, são pouco elogiados, como Jadson e Denílson, do São Paulo, Wellington Nem e Jean, do Fluminense, Leandro Donizete, do Atlético, Andrezinho, do Botafogo, Gilberto Silva, do Grêmio, e outros.
Jadson atua bem em quase todas as partidas, sempre com passes decisivos. Quando joga mal, é muito criticado. Jean marca muito bem, como um volante, e avança muito bem, como um meia. Não entendo, desde a época de São Paulo, porque é pouco valorizado.
Mesmo recebendo muitos elogios, Wellington Nem deveria receber mais. Ele marca o lateral, é esperto, importantíssimo no contra-ataque, principal jogada do Fluminense, dribla e dá passes decisivos. Já Fred, artilheiro, também muito importante, é muito mais badalado. Basta ele empurrar uma bola para as redes, mesmo quando não faz mais nada no restante do jogo. Jogador decisivo não é apenas o que faz gols.
Não há dúvidas de que Cavalieri é o melhor goleiro do campeonato, mas exageram nos elogios. Quando um atacante entra livre e solta um petardo no corpo do goleiro, os narradores gritam que foi uma defesa espetacular. Nem se o goleiro tentasse, conseguiria sair da bola.
Alguns jogadores são criticados, porém deveriam ser mais, como o zagueiro Escudero, do Coritiba. Apesar da rivalidade, muitos brasileiros acham que todo argentino é bom e guerreiro.
Pela regularidade e excelentes atuações, Ronaldinho é o melhor do campeonato, seguido por Juninho Pernambucano. Aliás, nesta semana, são os dois mais bem votados pela revista “Placar”, a mais tradicional escolha dos melhores do Brasileirão.
Fonte: Tribuna da Internet
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