Não é nada bom o clima entre o PMDB e a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Para aferir isso basta lê as últimas declarações de peemedebistas ao O Jornal de Hoje publicadas nas últimas edições do vespertino natalense.
Principal nome do PMDB potiguar, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho, disse que a legenda precisa se reunir para avaliar se deve ou não seguir na administração estadual. "Nós vamos fazer uma avaliação mais consistente, mais precisa. Vamos nos reunir no partido, através de iniciativa do presidente, deputado Henrique Alves, que já está pensando nesta reunião, a ser realizada provavelmente no próximo ano, para tomar algumas decisões, a partir de uma avaliação mais abrangente. Não vou me antecipar se vamos permanecer ou se vamos deixar totalmente de integrar a base do governo. Isso tudo será objeto de análise. Por ora, nós estamos apoiando o governo, não podemos negar. Estamos com um titular de secretaria pelo menos indicado por mim e de minha responsabilidade, que é o secretário Luiz Eduardo Carneiro Costa", disse.
Em outra entrevista, o deputado estadual e candidato derrotado a prefeito de Natal, Hermano Morais (PMDB), culpou o desgaste da governadora pelo insucesso nas urnas. "Acredito que sim, porque isso foi muito bem explorado pelos adversários, que tiveram um marketing competente, que conseguiu vincular nosso nome. Embora a governadora tenha declarado neutralidade, evidente que o marketing bem feito termina por influenciar o eleitor, especialmente aquele que não está muito atento e muitas vezes se deixa influenciar por uma propagada bem elaborada", disse ao ser questionado pelo JH sobre a influência de Rosalba na campanha em Natal.
O deputado acrescentou que o PMDB não tem tido condições de fazer um bom trabalho nas pastas que ocupa no governo Rosalba. "Eu diria que o PMDB já tem participação no governo, duas secretarias, e não tem tido apoio para resolver os problemas e realizar um bom trabalho, como acontece em outras secretarias. Inclusive o governo passa por dificuldades, com avaliação negativa junto ao povo potiguar. Eu diria que este assunto deve ser tratado com muito cuidado, a partir de uma manifestação que haja do governo", destacou.
Na região do Seridó, o PMDB também defende um rompimento com a governadora. Para o deputado estadual licenciado Nélter Queiroz, o quadro atual é propício. "Nos próximos dias o momento será oportuno para o PMDB tomar uma posição, para ver se coisa 'ata ou desata' e se deve permanecer na base", destacou em entrevista à Rádio Caicó.
O presidente do diretório municipal do PMDB em Caicó, vereador Lobão Filho, afirmou que trabalha para melhorar a gestão da governadora. Ele disse que se ela não tentar à reeleição o deputado federal Henrique Alves (PMDB) deveria tentar o Governo do Estado em 2014. Ele também cobrou que a demista desça do muro na cidade mais importante do Seridó. "Rosalba precisa definir se quer ficar com Garibaldi Filho e Henrique Eduardo ou com Vivaldo Costa e Bibi Costa. O que não pode é permanecer essa situação de dubiedade, que deve ocorrer também em outros municípios do Rio Grande do Norte", disparou.
Para encerrar a onda de ataques, o deputado estadual Walter Alves, filho do ministro Garibaldi Filho, não poupou críticas à governadora. "Está havendo uma desarticulação política pelo governo, e isso está causando o distanciamento do PMDB. Mas é um assunto para ser discutido, como disse o ministro Garibaldi, pelo presidente da nossa legenda, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, que deverá convocar o partido no começo do próximo ano. O PMDB tem dois senadores, um deputado federal, cinco deputados estaduais, 52 prefeitos, 33 vice-prefeitos e 336 vereadores. É o maior partido do Estado. Temos que consultar as nossas bases porque existe uma insatisfação perante a desarticulação política do governo, com relação aos prefeitos do interior", disse ao O Jornal de Hoje.
Fonte: O Mossoroense
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